Meloxicam e prednisona: efeito do tratamento oral de curto prazo nos níveis de pressão intra-ocular de cães (Canis familiaris)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Souza, Maria Alice Fusco de lattes
Orientador(a): Botteon, Paulo de Tarso Landgraf lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14152
Resumo: É reconhecido o papel hipotensor ocular das prostaglandinas e mais recentemente, a observação da expressão de COX-2 constitutiva em olhos saudáveis e ausência desta isoenzima em olhos glaucomatosos. Estas descobertas geram a hipótese de que o uso de antiinflamatórios apresente como efeito colateral, a hipertensão ocular pela inibição da expressão da COX e diminuição da produção de prostaglandinas. O aumento de pressão intra-ocular, mesmo que transitório, é um fator de risco para o desenvolvimento do glaucoma. Para possível observação da hipertensão ocular com o uso de antiinflamatórios, foram selecionados 28 cães da raça beagle pertencentes ao Canil do Laboratório de Desenvolvimento de Produtos Parasiticidas do Departamento de Parasitologia Animal do Instituto de Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. No dia 0 (zero) todos os animais tiveram a pressão intra-ocular mensurada com o uso do tonômetro de aplanação às 08 horas e às 16 horas, para avaliação da pressão intra-ocular antes do tratamento; no dia seguinte dez cães receberam meloxicam, junto à porção de ração úmida, na dosagem de 0,2 mg/Kg e 0,1mg/Kg nos restantes quatro dias, nove cães receberam prednisona, junto à porção de ração úmida, na dosagem de 1,0 mg/Kg durante cinco dias e nove cães receberam somente a porção de ração úmida. No quinto dia do tratamento todos os animais tiveram novamente a pressão intra-ocular mensurada com o uso do tonômetro de aplanação às 08 horas e às 16 horas. Em todos os grupos, incluindo o grupo-controle, as maiores médias de pressão intra-ocular foram observadas no dia 5 (cinco). A diferença dos valores de pressão intra-ocular observada entre as medições das 08 horas e das 16 horas foi significativa, independente do tratamento e do dia considerado. O uso dos antiinflamatórios esteroidal e não-esteroidal não foi capaz de causar hipertensão ocular e alguns fatores podem ser incriminados, como via de administração, dosagem e duração do tratamento utiliz ados, além da herança genética e ausência de doença glaucomatosa nos cães selecionados.