E o índio, tem vez? Narrativas indígenas sobre a I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (CONEEI)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Diaz, Mariane Del Carmen da Costa
Orientador(a): Monteiro, Aloisio Jorge de Jesus lattes
Banca de defesa: Gouvêa, Fernando César Ferreira, Kauss, Vera Lucia Teixeira, Silva, Roberta Maria Lobo da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9908
Resumo: A presente investigação de mestrado tem como objetivo identificar parte da trajetória e a participação do movimento indígena na I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (CONEEI) através de suas histórias, memórias e narrativas. No atual contexto, a referida conferência pode ser considerada um marco histórico por garantir, pela primeira vez, a possibilidade de participação de todas as etnias presentes no Brasil e atingir quase que a totalidade dessas. A Conferência é pioneira também por ter possibilitado um espaço de caráter nacional para discutir e refletir sobre as políticas e objetivos dessa educação específica. Nesse sentido, a CONEEI pode ser interpretada e compreendida também como um direcionamento para a reafirmação desses povos por suas lutas e respeito às suas diferenças e particularidades na medida em que disponibiliza espaço para que os envolvidos analisem, reflitam suas situações e tracem suas perspectivas. O recorte da pesquisa deu-se na Região Sul (Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) a partir do Decreto Nº 6.861 de 27 de maio de 2009 que dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, criando os Territórios Etnoeducacionais. A pesquisa é qualitativa e tem sua metodologia amparada pela história oral e pela narrativa em uma perspectiva Benjaminiana, no sentido de revelar uma história (narrativas indígenas) para além da oficial (documentos oficiais da CONEEI), apropriando-se também do conceito de memória e perpassando pela Antropologia no que tange à pesquisa de campo, utilizando-se entrevistas e diário de campo. A partir das narrativas das lideranças indígenas da região Sul é possível conhecer uma versão da conferência sob a ótica desses participantes, sendo destacados principalmente a nova organização de política educacional para educação escolar indígena (Territórios etnoeducacionais), as dificuldades e entraves desse tipo de educação e o desejo de se tornarem os protagonistas de suas ações e projetos.