E o índio, tem vez? Narrativas indígenas sobre a I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (CONEEI)
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Espanhol: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9908 |
Resumo: | A presente investigação de mestrado tem como objetivo identificar parte da trajetória e a participação do movimento indígena na I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (CONEEI) através de suas histórias, memórias e narrativas. No atual contexto, a referida conferência pode ser considerada um marco histórico por garantir, pela primeira vez, a possibilidade de participação de todas as etnias presentes no Brasil e atingir quase que a totalidade dessas. A Conferência é pioneira também por ter possibilitado um espaço de caráter nacional para discutir e refletir sobre as políticas e objetivos dessa educação específica. Nesse sentido, a CONEEI pode ser interpretada e compreendida também como um direcionamento para a reafirmação desses povos por suas lutas e respeito às suas diferenças e particularidades na medida em que disponibiliza espaço para que os envolvidos analisem, reflitam suas situações e tracem suas perspectivas. O recorte da pesquisa deu-se na Região Sul (Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) a partir do Decreto Nº 6.861 de 27 de maio de 2009 que dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, criando os Territórios Etnoeducacionais. A pesquisa é qualitativa e tem sua metodologia amparada pela história oral e pela narrativa em uma perspectiva Benjaminiana, no sentido de revelar uma história (narrativas indígenas) para além da oficial (documentos oficiais da CONEEI), apropriando-se também do conceito de memória e perpassando pela Antropologia no que tange à pesquisa de campo, utilizando-se entrevistas e diário de campo. A partir das narrativas das lideranças indígenas da região Sul é possível conhecer uma versão da conferência sob a ótica desses participantes, sendo destacados principalmente a nova organização de política educacional para educação escolar indígena (Territórios etnoeducacionais), as dificuldades e entraves desse tipo de educação e o desejo de se tornarem os protagonistas de suas ações e projetos. |