Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Isis Leite
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Orientador(a): |
Portilho, Maria de Fátima Ferreira
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Banca de defesa: |
Schneider, Sérgio,
Wilkinson, John |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11552
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Resumo: |
O atual debate acerca dos regimes alimentares busca refletir, de maneira geral, as transformações do sistema agroalimentar ao longo do tempo e do espaço. Este conceito permite situar, historicizar e identificar os principais atores e elementos estabilizadores de cada contexto histórico, ao mesmo tempo em que permite apontar os períodos de instabilidade, que, por sua vez, impulsionam transformações em direção à superação de um regime por outro. Dentre os diversos enfoques sobre a emergência do chamado 3° regime alimentar, uma questão mereceu destaque nesta pesquisa: a politização do consumo e o surgimento e expansão de redes alimentares alternativas. Neste processo, diferentes formas de organização, relação e comercialização de alimentos são estabelecidas, ao mesmo tempo em que o consumidor ganha centralidade. No Brasil, o processo de formação de redes alimentares alternativas culminou na construção da Rede Nacional de Grupos de Consumo Responsável, que fez emergir diferentes trajetórias, processos e dinâmicas de diversos grupos. Dentre eles, analisamos o caso do Movimento de Integração Campo-Cidade (MICC) que, desde a década de 80, vem articulando pequenos produtores e consumidores de classes populares da Zona Leste de São Paulo em torno da comercialização de alimentos orgânicos e não orgânicos, chamados também de alimentos convencionais. O trabalho analisou a atuação do MICC a partir dos conceitos de governança, mercado e enraizamento. Como resultado, apontou que a experiência do MICC guarda especificidades por estar relacionada às lutas clássicas de redução da desigualdade e da injustiça social, pois seu surgimento está fortemente relacionado à atuação da Igreja católica em um contexto de mobilização política pela reforma agrária. No entanto, a partir da iniciativa de outro ator, o Instituto Kairós, o MICC amplia sua agenda e forma de ação, passando a adotar a narrativa do consumo responsável |