Propriedades probióticas de lactobacilos isolados de origem humana: capacidade de adesão e inibição de patógeno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carmo, Matheus Rodrigues Silva do lattes
Orientador(a): Luchese, Rosa Helena lattes
Banca de defesa: Luchese, Rosa Helena, Ferreira, Elisa Helena da Rocha, Guerra, André Fioravante
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11022
Resumo: Uma microbiota intestinal equilibrada está associada a um estilo de vida saudável. O consumo de alimentos prebióticos e / ou que contenham microrganismos probióticos pode assegurar o equilíbrio dessa microbiota. Probióticos são microrganismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A capacidade de aderir e colonizar o intestino e de inibição de patógenos representam requisitos essenciais para microrganismos serem considerados probióticos. Os lactobacilos fazem parte do grupo de bactérias ácido-lácticas (LAB), possuindo importantes propriedades tecnológicas e probióticas. O objetivo do estudo foi avaliar as propriedades probióticas de cepas de lactobacilos de origem humana por sua capacidade de adesão, colonização e inibição de patógeno. Foram utilizadas 4 cepas de Lacticaseibacillus paracasei, 3 cepas de Lacticaseibacillus rhamnosus e 2 cepas de Limosilactobacillus. fermentum. Avaliou-se a hidrofobicidade da superfície celular das cepas, sua capacidade de aderir às células epiteliais intestinais (Caco-2) e sua capacidade de inibir o patógeno de origem alimentar Salmonella Typhimurium DTA 41 através dos mecanismos de competição, exclusão e desacoplamento. Apesar de apresentar baixo percentual de hidrofobicidade da superfície celular, todas as cepas apresentaram alta capacidade de adesão nas células Caco-2, não havendo diferença significativa entre as cepas isoladas e a cepa probiótica comercial da Christian Hansen L. casei. Tanto as cepas isoladas quanto a comercial foram capazes de inibir os biofilmes de Salmonella, além de reduzir a adesão do patógeno nas células Caco-2. No entanto, a redução da adesão de Salmonella nas células Caco-2 pelos isolados humanos, especialmente L. rhamnosus DTA 73 foi superior em comparação à cepa comercial, que não foi eficaz em excluir ou desacoplar o patógeno. Em superfície plástica a inibição através dos mecanismos de competição e exclusão foi significativamente mais eficaz quando comparada à inibição por desacoplamento para todas as cepas. Os resultados do estudo sugerem que as cepas isoladas possuem alta capacidade de adesão e inibição de patógeno, podendo ser usada não apenas para prevenir, mas também para tratar diarreia já que também apresentam capacidade de desacoplar Salmonella em células Caco-2. Outros testes in vitro e in vivo devem ser realizados para estabelecer as propriedades probióticas das cepas de lactobacilos, além de compreender os mecanismos que as tornam capazes de aderir às células epiteliais intestinais e de inibir patógenos.