Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Martinelli, Fernanda Silva
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Orientador(a): |
Medeiros, Rodrigo Jesus de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15659
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Resumo: |
Os biocombustíveis consistem em uma das fontes energéticas alternativas com alto potencial de contribuição na redução de emissões de Gases de Efeito Estufa e, por consequência, na redução e mitigação dos impactos decorrentes do aquecimento global. No Brasil, as plantações de palma de dendê, junto com a mamona, têm sido apontadas como a grande promessa de inclusão da agricultura familiar na produção de biodiesel em larga escala. O óleo de palma é o óleo vegetal mais produzido no mundo e, apesar da pequena expressão em face à produção mundial de dendê, o Brasil dobrou a área de cultivo entre 2001 a 2009, período em que houve aumento da demanda global pelo óleo e criação de diversas iniciativas governamentais voltadas para a palma de dendê. Enquanto que cenários projetados pelo governo preveem grande expansão nos próximos anos, o aumento da demanda desse óleo e a consequente conversão de novas áreas para tais cultivos podem levar à supressão de vegetação e impacto sobre a diversidade biológica. O objetivo deste estudo foi, portanto, avaliar como os remanescentes florestais no CEB têm sido afetados pela expansão da palma na Amazônia. Para isso, foi analisado o histórico de 2000-2011 de expansão da palma de dendê nos 05 principais municípios produtores do Centro Endemismo Belém, assim como áreas de floresta nativa e de outros usos agrícolas convertidas para áreas de cultivo de dendê, utilizando imagens de satélite Landsat e dados oficiais do INPE e IBGE. Com base nos resultados obtidos, foi observado que a expansão de palma de dendê na região se deu nos últimos 8 anos e ocorreu principalmente nos municípios de Moju e Tailândia, impulsionada pela chegada de novas empresas e pela expansão das já existentes, especialmente liderada pela empresa Biopalma Vale. Apesar de ter sido fator de supressão de vegetação entre 1998-2000, hoje o cultivo não se constitui em um vetor de desflorestamento na região, representando somente 8% do total desflorestado nos municípios entre 2001-2011. Entretanto, para que a palma de dendê não volte a ser mais uma pressão sobre a floresta Amazônica, sugere-se investir no processo de regularização ambiental de propriedades que não possuem CAR, as quais foram responsáveis pelas mais altas taxas de supressão para esse cultivo. Além disso, é importante fortalecer políticas pensadas especificamente para palma, como a regulamentação do seu zoneamento, e investir em tecnologia agrícola com fins de aumento da produtividade, que pode diminuir a necessidade por novas terras. Outras medidas como iniciativas de certificação (ex: RSPO) e o rastreamento de fornecedores de grandes empresas também se mostram essenciais e potencialmente eficientes para a redução do desflorestamento não somente no Brasil, mas em todos os outros países produtores. |