Isolamento de Parabasalideos de amostras fecais de pequenos ruminantes e suínos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carreiro, Caroline Cunha lattes
Orientador(a): Jesus, Vera Lucia Teixeira de lattes
Banca de defesa: Jesus, Vera Lucia Teixeira de, Queiroz, Marilene de Farias Brito, Lopes, Carlos Wilson Gomes, Pires, Isabella de Moura Folhadella, Cardozo, Sergian Vianna
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10131
Resumo: Tricomonose é causada por protozoários pertencentes ao filo Parabasalia, que são encontrados parasitando o trato digestório e geniturinário de diferentes espécies animais, inclusive humanos. Anteriormente esses parabasalídeos não eram considerados responsáveis por infecções emergentes por apresentar-se envolvidos não só em regiões específicas de infecção, como também hospedeiro-específico. No entanto, vem sendo observada a presença de um mesmo protozoário com uma grande diversidade de hospedeiros, sendo estes atribuídos a diferentes distúrbios clínicos. Em suínos, esses flagelados são descritos no trato intestinal, e estão associados a quadro de diarreia; na cavidade nasal, está associado à rinite atrófica, além de outros distúrbios respiratórios. No entanto, pouco se sabe a respeito das possíveis espécies de parabasalídeos envolvidas no parasitismo nos pequenos ruminantes. O objetivo desse estudo foi diagnosticar as espécies de parabasalídeos encontradas no trato gastrointestinal de caprinos, ovinos e suíno. Para tal, este estudo foi dividido em partes. Na primeira foi feito a triagem das amostras fecais, com avaliação de frequência destes protozoários, isolamento e cultivo, além da caracterização morfológica em nível de filo e identificação molecular dos isolados. A segunda e terceira partes consistiram na tipificação do comportamento de Tetratrichomonas sp isolados de amostras fecais de pequenos ruminantes em meio de cultivo e a caracterização morfológica dessa espécie, respectivamente. A frequência de parabasalídeos encontrada foi de 42,85 % em caprinos (6/14), 68% em ovinos (30/44) e 71,25% em suínos (57/80). O meio de cutivo CHD foi o melhor entre os testados para o isolamento desses flagelados; todos os isolados apresentaram características morfológicas compatíveis com o filo Parabasalia. O sequenciamento revelou que todos os isolados de pequenos ruminantes detinham 100% de similaridades com Tetratrichomonas sp isolados de prepúcio de touro. Em suínos, além de diagnosticadas diferentes espécie do gênero Tetratrichomonas, ainda foi isolado Pentatrichomonas hominis. Estes flagelados estão envolvidos em diversos distúrbios clínicos em diferentes hospedeiros, e o papel destes animais como reservatórios de parabasalídeos devem ser cautelosamente considerados. Este estudo foi o primeiro a relatar a ocorrência de Tetratrichomonas sp em pequenos ruminantes, e realizar a cinética de crescimentos destes espécimes em meio de cultivo.