Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Zandoná, Silver Rodrigues
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Orientador(a): |
Pereira, Marcos Gervasio
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Banca de defesa: |
Pereira, Marcos Gervasio,
Silva Neto, Eduardo Carvalho da,
Lima, Erica Souto Abreu,
Campos, David Vilas Boas de,
Assis, Renato Linhares de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20033
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Resumo: |
As áreas de montanha são de grande relevância já que são significativas na produção de alimentos e na realização de serviços ecossistêmicos. Dessa forma compreender as alterações que ocorrem nesses ambientes durante o manejo podem prevenir impactos decorrentes do uso inadequado. O presente estudo foi dividido em três capítulos com diferentes objetivos. No capítulo I: i) realizou-se a caraterização morfológica, química e física dos atributos do solo de perfis coletados em áreas com diferentes cultivos agrícolas e coberturas vegetais; ii) verificou-se as principais classes de solos dessas áreas; e iii) avaliou-se a capacidade de uso agrícola, bem como as classes de aptidão e principais limitações. No capítulo II foi i) quantificado o armazenamento de carbono (C) e nitrogênio (N) nessas áreas, e ii) avaliado a origem desses elementos. O capítulo III teve como intuito i) verificar a possível influência do monocultivo de diferentes espécies vegetais em ambiente de montanha no acúmulo e composição da serrapilheira; ii) avaliar possíveis modificações impostas por essas coberturas e formas de cultivo nos atributos químicos associados a fertilidade do solo; e iii) analisar a compartimentalização da matéria orgânica do solo (MOS), identificando quais os tipos de cobertura estão contribuindo para aumento dos teores de carbono orgânico e suas respectivas frações orgânicas. Foram avaliadas três áreas cultivadas com banana (BN), café (CF) e cacau (CC) e uma área de referência (FS, fragmento florestal da Mata Atlântica) em três pontos distintos com relevo declivoso, típico da região sudeste do Brasil. No capítulo I verificou-se grande parte dos perfis identificados no primeiro nível categórico (ordem) como Cambissolos, em função da presença de um horizonte diagnóstico subsuperficial B incipiente, e no segundo nível categórico (subordem) como Háplicos. Quanto à aptidão agrícola, as maiores limitações de utilização foram a baixa fertilidade natural, a suscetibilidade a erosão e os impedimentos à mecanização ou cultivo, decorrentes da declividade, pedregosidade e rochosidade. No capítulo II constatou-se que a magnitude dos efeitos causados pelos cultivos agrícolas e coberturas vegetais nos atributos do solo aumentou no sentido FS – BN e CC – CF. Os cultivos de BN e CC incrementaram os teores e estoques de C (em superfície) e N (em profundidade) no solo quando comparados às áreas com cobertura de FS, enquanto o cultivo de CF promoveu reduções dos valores desses atributos. Através das análises isotópicas de δ13C e δ15N ficaram evidentes diferenças entre os cultivos agrícolas, com destaque para a área de cultivo de CC que separou-se dos cultivos de BN e CF. No capítulo III verificou-se que os maiores estoques de serrapilheira foram quantificados nas áreas de BN e FS (~ 34,0 e 22,0 Mg ha-1). Entre as frações da MOS, a matéria orgânica leve em água foi a mais sensível ao efeito dos cultivos agrícolas e coberturas vegetais, principalmente quanto aos valores das razões estequiométricas. Verificou-se similaridade para os teores de C total, N total, C orgânico total e fósforo (P) total entre as áreas de FS, BN e CC. Observou-se padrões diferenciados para as razões estequiométricas entre os compartimentos. As respostas dos teores de C, N, P e a sua estequiometria aos diferentes cultivos agrícolas e coberturas vegetais têm aplicações significativas no desenvolvimento de estratégias de manejo sustentável. |