Mulheres encarceradas na Casa de Detenção: raça, trabalho e prostituição no Rio de Janeiro em fins do século XIX (1871 - 1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nogueira, Larissa Ventura lattes
Orientador(a): Popinigis, Fabiane lattes
Banca de defesa: Popinigis, Fabiane, Araújo, Carlos Eduardo Moreira de, Costa, Carlos Eduardo Coutinho da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19683
Resumo: Busca investigar as vivências de mulheres escravizadas, livres e libertas que migraram para a cidade do Rio de Janeiro e que compuseram a classe trabalhadora carioca no período entre 1871 a 1888. Observa-se, sobretudo, quem eram essas mulheres e porque estavam sendo levadas para a Casa de Detenção em meio a uma conjuntura de mudanças e transformações políticas, sociais e econômicas na cidade da Corte entre o período da promulgação da Lei do Ventre Livre e as vésperas da Abolição. Nesse sentido, há o intuito de analisar o perfil dessas mulheres perpassando por questões de gênero, raça, nacionalidade, condição social e trabalho. Dessa forma, buscamos através do encarceramento analisar três aspectos, como: raça, trabalho e prostituição, através de fontes diversas como os livros de registros de matrícula de detentos, os periódicos, os relatórios do Ministério da Justiça e o Código Criminal de 1830. Assim, trataremos sobre a discussão em torno dos modelos de prisão e práticas penitenciárias imperiais que se preocupavam com a vigilância e o controle de uma população pobre e escravizada e como tais questões influenciavam na vida das mulheres aqui tratadas. Nas páginas seguintes, veremos existências reais de mulheres que por trás de seus nomes eram lavadeiras, domésticas, quitandeiras, prostitutas que roubaram, fugiram de seus senhores, praticaram feitiçarias, entre tantos outros motivos e que apesar de serem vistas como imorais, perigosas e indisciplinadas, imprimiram suas marcas ao estarem presentes nas ruas da cidade, criando suas formas de sustento, infringindo as normas e encontrando brechas para alcançar seus objetivos naquele contexto.