Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cavassani, Rafael de Souza
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Orientador(a): |
Anjos, Lúcia Helena Cunha dos |
Banca de defesa: |
Teixeira, Wenceslau G.,
Fontana, Ademir |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10586
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Resumo: |
Na Amazônia são observados solos de coloração escura conhecidos como Terra Preta de Índio (TPI) ou na língua inglesa “Amazonian Dark Earths” (ADE), identificados pela presença de horizonte A antrópico e cuja gênese é atribuída a ocupação humana por tribos Pré-Colombianas. Esses solos apresentam peculiaridades que os diferenciam de outros solos, como elevados conteúdos de nutrientes e de matéria orgânica, cuja maior estabilidade é atribuída a presença de carbono pirogênico. Apesar de relatos sobre sítios de TPI no estado de Rondônia, poucos estudos de pedologia foram feitos sobre essas terras no estado. Deste modo, os objetivos do estudo foram identificar e caracterizar solos com horizonte antrópico no sul do estado de Rondônia e contribuir para a sua classificação no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) e no sistema internacional World Reference Bases (WRB). Foram identificados cinco sítios antrópicos, sendo descritos e coletados sete perfis (P): seis com horizonte superficial antrópico (P1 a P6) e um não antrópico (P7), em condições similares de paisagem. Os perfis P1 a P4 estavam sob pastagens, P5 sob floresta, P6 e P7 sob área de cultivo (plantio direto de soja e milho em sucessão). Os perfis foram caracterizados quanto as suas propriedades morfológicas, físicas e quimicas, bem como os óxidos de ferro e formas de ferro extraíveis. Os conteúdos de carbono (C) foram determinados segundo EMBRAPA, Yeomans e Bremner (1988) (Y&B) e em espectrômetro de massas (CHN). Os teores de N foram determinados pelo método de arraste a vapor (Kjeldahl) e os estoques de C e N calculados até 1,0 m de profundidade. A abundancia natural de δ13C foi determinada e os fragmentos de carvão datados empregando-se o método de radiocarbono (C14) com acelerador de massa. Os ácidos húmicos (AH) foram extraídos, fracionados e purificados segundo método da IHSS, para análises espectroscópicas na região do ultravioleta visível (UV-Vis), infravermelho com transformada de Fourier (IV) e espectroscopia de ressonância magnética nuclear de 13C (RMN). Os espectros de RMN foram analisados por quimiometria atráves da análise de componentes principais. Os atributos físicos mostram variações de cor, profundidades e textura entre os horizontes antrópicos e os perfis, sendo as mais escuras no P1, as quais se extendem até 1,0 m de profundidade. Em todos os horizontes antrópicos a estrutura é do tipo granular e nota-se menor densidade do solo. Os valores de pH, Ca, Mg, P, saturação por bases, CTC, C, N e estoques de C e N são mais elevados nos perfis P1 a P6, com horzionte antrópico, comparados ao P7. Os resultados de δ13C indicam domínio de C originário de plantas de ciclo C3. A datação de C14 revela idades, dos solos com A antrópico avaliados, entre 940 40 e 1230 60 anos AP. As análises espectroscópicas indicam maiores quantidades de compostos aromáticos nos horizontes antrópicos (principalmente C-arila) sendo esta a principal característica que diferencia os horizontes antrópicos dos não antrópicos. Segundo o SiBCS todos os perfís de TPI, Latossolos e Argissolos, têm horizonte diagnóstico superficial antrópico e novas classes em nível de subgrupo foram identificadas. Já no WRB, os perfis P1 a P4 apresentaram horizonte Pretic, porém, apenas P1, P2 e P4 são classificados como Anthrosols, uma vez que o P3 não atendeu ao requisito de espessura mínima ( 50 cm) para a classe dos Anthrosols, sendo este classificado como Ferralsol. |