Estudo sobre o potencial da mosca de estábulo Stomoxys calcitrans L. como portadora e veiculadora da leucemia bovina (Retroviridae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Freitas, Tania Rosaria Pereira lattes
Orientador(a): Mercado, Carlos Hipólito Romero
Banca de defesa: Moya Borja, Gonzalo Efraín, Mercado, Carlos Hipolito Romero, Rezende, Hugo Edison Barboza de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14256
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a potencialidade da môsca do estábulo, Stomoxys calcitrans como portadora e veiculadora do vírus da leucemia bovina (VLB). No primeiro experimento, ovinos inoculados pela via sub-cutânea com 5,6 x 105 a 2,1 x 106 leucócitos viáveis recuperados do intestino médio de S. calcitrans apresentaram anticorpos para a glicoproteína maior Gp51 do VLB, no máximo três meses de experimentação. Apenas um ovino infectado desenvolveu anticorpos par o polipeptídeo interno p25, ao 18º mês de experimentação. Os dois ovinos utilizados como testemunhas, não inoculados, e mantidos em contato com os ovinos infectados, não desenvolveram anticorpos durante o período experimental de 36 meses indicando a ausência de transmissão horizontal do VLB entre os ovinos. Não foi observado o desenvolvimento de linfocitose persistente durante o período de observação de 20 meses. Poucas partículas virais do tipo C forma observadas em culturas de leucócitos de um ovino infectado quando observadas pela microscopia eletrônica. No segundo experimento, três dos cinco ovinos inoculados com 2,3 x 104 a 8,8 x 105 leucócitos viáveis recuperados do x i i i aparelho bucal de S. calcitrans se infectaram com o VLB em um máximo de quatro meses após a inoculação e desenvolverem anticorpos para GP51 que persistiu durante o período experimental de 24 meses. Os dois ovinos não inoculados e mantidos em contato com os ovinos infectados, não desenvolveram anticorpos para o VLB. Linfocitose persistente não foi observada em nenhum dos ovinos infectados desse experimento, nem foram observadas partículas virais do tipo C nas culturas de leucócitos dos mesmos ovinos. No terceiro experimento, entre 90 a 174 môscas criadas em laboratório foram utilizadas para tentar veicular mecanicamente o VLB de um bovino positivo para cinco ovinos sorologicamente negativos. Em períodos de três a dez meses, os ovinos foram expostos à picadas de S. calcitrans em um mínimo de 135 a um máximo de 555 vezes. Entretanto, nenhum dos ovinos desenvolveu anticorpos para antígenos do VLB durante o período de observação de 30 meses (3 ovinos) e 36 meses (2 ovinos). Concluiu-se que S. calcitrans é um portador da infectividade do VLB nos leucócitos contidos no intestino médio e no aparelho bucal por períodos de tempo não determinados. Porém o seu papel como veiculador mecânico do VLB, ainda não foi elucidado