Mídia e construção de espaços seguros no Rio de Janeiro: uma análise sobre as UPPs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Braga, Maria Manuela Mendonça Ferreira lattes
Orientador(a): Pinto, Nalayne Mendonça lattes
Banca de defesa: Pinto, Nalayne Mendonça lattes, Silva, Edilson Márcio Almeida da lattes, Paes, Vivian Gilbert Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11550
Resumo: A cidade do Rio de Janeiro é conhecida como uma cidade insegura. A problemática da violência urbana, por sua vez, está além daquilo que é compreendido como crime, mas, sobretudo a mudança de hábitos cotidianos. O crescimento do tráfico de drogas, a partir dos anos 80, na cidade do Rio de Janeiro, levou a uma errada associação, pelo senso comum, de pobreza e criminalidade. O aumento do sentimento de insegurança da população carioca fez as favelas ser palco de diversas experiências de policiamento comunitário, e a mais emblemática delas e com maior alcance é as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi analisar se os jornais O Globo e O Dia constroem as Unidades de Polícia Pacificadoras como um projeto ideal de segurança pública para a cidade, capaz de promover sentimento de segurança aos cariocas, bem como, produzir segurança comunitária. Para tal, foram analisadas reportagens de ambos os jornais, entre os anos de 2010 e 2013. Ao longo dos capítulos, observamos como os discursos proferidos pelos jornais enfatizam estereótipos e representações sociais de favelas como espaços de violência, crime e medo. Os discursos sobre a chegada das unidades relatam benefícios gerados nas comunidades, e a pesar dos jornais relatarem os problemas que envolvem a UPP, eles pouco criticam, efetivamente, o projeto em seu discurso e tampouco a mídia indicou discursos que pudessem instigar a sociedade e o próprio governo a repensar este modelo de segurança pública