Leveduras com potencial ação descontaminante de micotoxinas e como probiótico para aplicação na produção animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Keller, Kelly Moura lattes
Orientador(a): Rosa, Carlos Alberto da Rocha lattes
Banca de defesa: Castro, Rosane Nora, Dalcero, Ana Maria, Dogi, Cecília Ana, Curvello, Fernando Augusto, Souza, Miliane Moreira Soares de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9572
Resumo: Micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por certas espécies de fungos filamentosos, principalmente dos gêneros Aspergillus, Penicillium e Fusarium, e que demonstram propriedades tóxicas em humanos e animais. As aflatoxinas (AFs) são micotoxinas produzidas principalmente por Aspergillus flavus e A. parasiticus, que se desenvolvem sobre diversos gêneros alimentícios. Em todo o mundo, Sacharomyces cerevisiae virou foco de inúmeros estudos, in vitro e in vivo, devido à capacidade adsorvente exibida pela parede celular desta levedura. Sua parede celular já era usada como prebiótico para melhorar o desempenho animal, e atualmente sabe-se que um dos constituintes principais de sua parede - os glucomananos - também são capazes de adsorver diversas micotoxinas como as AFs. Assim, os objetivos gerais deste trabalho foram: I) demonstrar a eficácia in vitro de produtos comerciais, a base de parede celular de levedura (PCL) para adsorver aflatoxina B1 (AFB1), sob diferentes condições; II) demonstrar in vitro o potencial de leveduras vivas (enfoque em S. cerevisiae) para exercer ação probiótica e descontaminante de AFB1 e III) demonstrar a eficácia in vivo de produto a base de PCL como aditivos anti micotoxinas (AAM) em frangos de corte intoxicados com AFB1. Estes objetivos foram desenvolvidos em três capítulos, por separado. Ambos os AAM testados no capítulo I aderiram eficientemente a AFB1, sendo recomendada a realização de ensaios in vivo confirmatórios. As cepas de S. cerevisiae isoladas no capítulo II toleraram a passagem pelas condições in vitro gastrointestinais, apresentaram uma ou mais características probióticas, e foram moderadamente capazes de adsorver altas concentrações de AFB1; e no capítulo III, a inclusão do AAM 0,2% na dieta dos frangos de corte não produziu nenhum efeito deletério significativo sobre os animais, pelo contrário, melhorou significativamente o desempenho animal em relação ao grupo de animais intoxicados e o grupo controle. Existe a clara necessidade de uma metodologia in vitro de referência, que possa ser utilizada mundialmente, possibilitando a comparação interlaboratorial de resultados. Os resultados em geral indicam que novos estudos devem ser desenvolvidos acerca do assunto, e que há uma alternativa promissora para o desenvolvimento de novos aditivos com ação probiótica e descontaminante de micotoxinas.