Uso de fontes de Saccharomyces cerevisiae na redução da excreção de aflatoxina M1 no leite de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gonçalves, Bruna Leonel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-23082016-142914/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito protetivo da adição de biomassa de Saccharomyces cerevisiae (SC) residual, obtida da fermentação alcoólica de cana e cerveja contra a passagem de aflatoxina M1 para o leite. Para tanto, foi realizado ensaio preliminar in vitro de remoção de AFB1 em solução tampão fosfato pelas diferentes fontes de biomassa de SC (levedura de cana-de-açúcar seca e inativada, LCSI; levedura autolizada, LA; parede celular, PC; e co-produto de cervejaria parcialmente desidratado, CCPD), em temperatura ambiente pelos tempos de contato de 05, 10, 20 e 30 min. O ensaio in vivo foi realizado por meio de 20 vacas multíparas da raça holandesa que foram selecionadas em estágio médio de lactação. O delineamento experimental consistiu em dez tratamentos, um controle negativo, um controle positivo e dois tratamentos (com e sem inclusão de AFB1) para cada uma das quatro diferentes fontes de SC, durante um período de 10 dias para avaliar a produção e a composição do leite, escore de condição corporal e bioquímica sérica. A análise de amostras de leite para quantificação de AFM1 foi realizada empregando-se coluna de imunoafinidade para purificação associada a CLAE acoplada a espectrômetro de massa triplo quadrupolo. O valor do limite de quantificação de AFM1 foi 0,5 µg kg-1. Amostras de ração foram analisadas para quantificação de AFB1 por meio de coluna de imunoafinidade para purificação associada a CLAE. O valor do limite de quantificação de AFB1 foi de 0,5 µg.kg-1. Através do estudo in vitro foi possível observar que a viabilidade celular não é pré requisito para adsorção e que o tempo de incubação não interfere na capacidade de adsorção de AFB1. No estudo in vivo, não foi observado efeito da AFB1 e nem das diferentes fontes de biomassa de SC sobre o escore de condição corporal, produção e composição do leite. A bioquímica sérica (AST, ALT e PT) avaliada foi similar entre os grupos não intoxicados e intoxicado com AFB1. Os tratamentos LA e PC apresentaram maior capacidade de adsorção de AFB1 em vacas leiteiras previamente intoxicadas.