Prospecção de plantas atrativas para inimigos naturais e o seu uso no manejo de insetos fitófagos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barros, Adamastor Pereira lattes
Orientador(a): Abboud, Antonio Carlos de Souza lattes
Banca de defesa: Abboud, Antonio Carlos de Souza lattes, Menezes, Elen de Lima Aguiar lattes, Carmo, Margarida Goréte Ferreira do lattes, Ricalde, Marcelo Perrone lattes, Diniz, Alexandre José Ferreira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9993
Resumo: O manejo de pragas na produção de alimentos com ausência de resíduos químicos e impacto ambiental é um desafio para a agricultura. Uma das ferramentas adequadas para manejar de forma ambientalmente segura as pragas é através da oferta e a maximização dos recursos naturais para inimigos naturais. Além de ser um método que demanda pouca energia quando bem implementado, o controle biológico conservativo modifica o layout da paisagem agrícola, aumentando a biodiversidade como um todo, incluindo a de inimigos naturais de pragas. A maior oferta de recursos cria condições para que estes alimentem-se e reproduzam-se no refúgio, com maiores possibilidades de controle de pragas agrícolas. Entretanto, há grande carência de conhecimentos sobre quais plantas utilizar, como utilizar e em quais situações ou problemas. O objetivo geral foi avaliar o potencial de plantas para a atratividade de inimigos naturais e o seu uso no controle biológico de insetos fitófagos em cultivos orgânicos. Os experimentos foram conduzidos em condições de campo em Seropédica-RJ, em duas fases. Na primeira fase, no período de maio a novembro de 2017, objetivou-se avaliar o desempenho vegetativo e do florescimento de quatro espécies de plantas (Cosmos sulphureus - Asteraceae, Canavalia ensiformis – Fabaceae, Crotalaria spectabilis – Fabaceae e Foeniculum vulgare - Apiaceae), em duas formas de cultivo (solteiro e consorciado em três densidades de plantio 10,8; 14,3 e 21,5 plantas.m-2, chamadas de mix 1, mix 2 e mix 3, respectivamente), e avaliar também os efeitos desses mixes sobre a comunidade de artrópodes predadores associados a elas. Na segunda fase, no período de junho a dezembro de 2018, objetivou-se avaliar os efeitos da combinação dessas plantas que atraiu maior diversidade de artrópodes entomófagos, plantadas em faixa lateral, em cultivo orgânico de repolho e feijão comum sobre a comunidade desses artrópodes, dos insetos fitófagos e a produtividade nesses cultivos quando plantados em sucessão, tendo como comparação a vegetação espontânea (controle positivo) e o solo desnudo com mulch plástico (controle negativo). Os artrópodes entomófagos e insetos fitófagos foram avaliados nas faixas e em três diferentes distâncias destas [1, 3 e 6 metros]. Os experimentos foram instalados em parcelas de 3 x 4 metros e 3 x 8 metros na primeira e segunda fase, respectivamente, espaçadas em 5 metros, usando DBC com quatro blocos. Os resultados são apresentados em quatro capítulos, abordando: a) Desempenho de plantas com potencial para o controle biológico conservativo; b) Efeito de composições florais sobre a comunidade de artrópodes predadores; c) Uso de recursos florais na atração de inimigos naturais no cultivo orgânico de repolho; d) Uso de recursos florais na atração de inimigos naturais e controle de pragas no cultivo de feijão, sob sistema orgânico. Assim, conclui-se que o consórcio das plantas testadas com 21,5 plantas.m-2 apresentam adaptabilidade do ponto de vista fitotécnico, nas condições edafoclimáticas de Seropédica-RJ, são atrativas para artrópodes predadores, podem ser usadas como ferramenta para o manejo de insetos e a diversificação de em agroecossistemas como o de repolho e feijão sem redução de produtividade