Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lourenço, Elizabete Captivo
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Orientador(a): |
Esbérard, Carlos Eduardo Lustosa
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Banca de defesa: |
Pires, Alexandra,
Geise, Lena,
Dias, Daniela |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10844
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Resumo: |
A marcação-recaptura de morcegos permite a individualização e assim aspectos inerentes ao indivíduo podem ser estudados. Este trabalho teve como objetivo geral discutir a importância da marcação de morcegos no Brasil, onde poucos trabalhos relatam a marcação dos indivíduos capturados e as recapturas. Com a utilização de marcação com coleira plástica e através de compilação de dados foram analisados três tópicos referentes a marcação-recaptura de morcegos Phyllostomidae: variação de recapturas em áreas no Estado do Rio de Janeiro, registros de deslocamentos no Brasil, variação na abundância de ectoparasitos Streblidae em indivíduos de Carollia perspicillata. Ilha da Gipóia, Ilha da Marambaia e Ilha de Itacuruçá e três locais no continente, Estação Ecológica Estadual Paraíso, Morro de São João e Reserva Rio das Pedras tiveram as taxas de recapturas relatadas. As taxas de recapturas das ilhas foram significativamente maiores do que no continente, demonstrado que ilhas podem ser bons locais para estudos com recaptura de morcegos. Nos seis locais foram marcados de 487 a 1318, havendo de 24 a 158 recapturas, variando de três a 11 espécies por área. As taxas de recaptura por área variaram de 4,2 a 19,2%. Carollia perspicillata foi a única espécie recapturada nos seis locais e apresentou uma das maiores taxas de recapturas na Ilha de Itacuruçá com 43,5%. Foram relatados deslocamentos de Glossophaga soricina de 6,2 km no município de Seropédica, de Artibeus lituratus ente a Ilha Grande, município de Angra dos Reis, e Prainha, no município do Rio de Janeiro, a uma distância de 71 km. Vinte sete deslocamentos foram realizados entre sete pontos da Ilha da Marambaia, município de Mangaratiba, totalizando seis espécies, Anoura caudifer, Artibeus fimbriatus, Artibeus planirostri, Artibeus obscurus, Carollia perspicillata e Platyrrhinus lineatus, com deslocamentos de até 2,4 km. Com a análise de registros de deslocamento de Phyllostomidae de todo Brasil observou-se um alto número de registros de Artibeus lituratus, com esta espécie apresentando as maiores distâncias de deslocamentos, contribuindo para uma regressão linear e positiva entre as distâncias de deslocamento e o tamanho corporal. Através da individualização foi possível verificar a variação na abundância de ectoparasitas Streblidae em 42 indivíduos de C. perspicillata. O maior tempo decorrido entre a captura e recaptura não aumentou o número de ectoparasitas encontrados. Os indivíduos que apresentaram mais ectoparasitas no momento da captura não apresentaram mais Streblidae no momento da recaptura. Apenas dois indivíduos apresentaram diferenças significativas na abundância de Streblidae entre captura e recaptura. O maior esforço de marcação irá contribuir para um maior número de recapturas, propiciando variadas análises que contribuíram para o conhecimento da biologia dos morcegos. |