Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Teves, Simone Caldas
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Orientador(a): |
Mallet, Jacenir Reis dos Santos |
Banca de defesa: |
Fuente, Ana Laura Carbajal de la,
Galvão, Cleber,
Toma, Helena Keiko,
Gomes, Suzete Araujo Oliveira |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9205
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Resumo: |
A espécie rupestre Triatoma jatai ocorre em simpatria com Triatoma costalimai no município de Paranã, estado brasileiro do Tocantins. Embora tenha sido encontrada no intradomicílio, não há registro de espécimes infectados por Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas. Agrupada no subcomplexo T. matogrossensis, apresenta dimorfismo alar, com fêmeas braquipteras e machos macrópteros, pouco encontrado em espécies do gênero Triatoma, o que pode resultar num perfil diferenciado de dispersão e adaptação a novos ecótopos. A espécie T. costalimai também tem sido encontrada no Sudeste e Sul do Tocantins, nos ecótopos silvestre, peridomiciliar e domiciliar, algumas vezes com altos índices de infecção por T. cruzi. As alterações antrópicas nos ambientes naturais, somadas a características inerentes ao bioma Cerrado, podem propiciar a dispersão de triatomíneos infectados para o domicílio com risco de infestação e transmissão vetorial de T. cruzi ao homem. O objetivo deste trabalho foi estudar aspectos morfológicos, biológicos e moleculares de T. jatai e T. costalimai; o risco de colonização do domicílio e o estabelecimento de ciclo do parasito nos municípios de Paranã e Aurora do Tocantins – TO. Os espécimes foram capturados em 2015 em ecótopos silvestre e peridomiciliar. Foi realizada a pesquisa por T. cruzi pela microscopia óptica e cultura axênica com caracterização molecular dos isolados em unidades discretas de tipagem (DTUs), estudo de estruturas associadas à locomoção por morfometria clássica, ciclo biológico e análise filogenética das duas espécies com outras da América do Sul a partir de fragmentos de genes mitocondriais. Em Paranã, foram capturadas ninfas de T. jatai, em ambiente silvestre, sem infecção por T. cruzi. Em Aurora do Tocantins, foram capturados ninfas e adultos de T. costalimai em afloramentos rochosos em ambientes silvestre e peridomiciliar, com alto índice de infecção por T. cruzi DTU I (64,15%) sendo caracterizado um ciclo silvestre do parasito em ambiente peridomiciliar na sede do município. As fêmeas de T. jatai apresentaram tamanho corporal e comprimento do fêmur (perna 3) maiores que dos machos, o que pode ser um indício de adaptação para a locomoção por caminhada, contudo, somente pela morfologia comparativa com as espécies T. costalimai e T. sherlocki, não foi possível inferir sobre a capacidade de dispersão pelo voo. O ciclo biológico dos espécimes em laboratório foi longo, principalmente para T. costalimai, ainda em andamento, e com alto índice de mortalidade de ninfas de quinto estádio. A análise filogenética a partir de genes mitocondriais mostrou T. jatai como espécie irmã de T. costalimai com distância genética maior do que entre outras espécies válidas, assim como a separação em clado exclusivo. A continuidade e aprimoramento das pesquisas relativas a participação destas espécies no ciclo natural de T. cruzi, sobre o potencial de dispersão para novos ecótopos, assim como a capacidade de desenvolvimento em ambientes artificiais somado as respectivas relações evolutivas pode gerar dados para a vigilância entomológica e o controle da transmissão vetorial do parasito. |