Indicadores de qualidade do solo em sistemas agroflorestais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Matos, Priscila Silva lattes
Orientador(a): Zonta, Everaldo
Banca de defesa: Zonta, Everaldo, García, Andrés Calderín, Lima, Sandra Santana de, Barreto-Garcia, Patricia Anjos Bittencourt, Brasil, Felipe da Costa
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9008
Resumo: Os sistemas agroflorestais, devido à sua multifuncionalidade, têm sido considerados uma excelente estratégia para aumentar a produção de alimentos, ao mesmo tempo, em que cumprem com os objetivos sociais e ambientais, atendendo aos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS), principalmente os ODS 13 e 15. Estes sistemas podem melhorar a qualidade do solo, aumentando a matéria orgânica do solo (MOS), alterando a estrutura do solo, a fertilidade e as propriedades biológicas. Os objetivos desta tese são: i) avaliar as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo em uma pastagem não manejada, diferentes sistemas agroflorestais e floresta secundária; ii) compreender as relações entre a qualidade da serapilheira, matéria orgânica do solo (MOS) e principais parâmetros da qualidade do solo; e iii) Avaliar a sensibilidade de índices de qualidade do solo para detectar as diferenças causadas pela conversão do uso do solo. O solo, os macroinvertebrados e a serapilheira foram coletados em abril e setembro de 2018 sob cinco usos do solo, incluindo três sistemas agroflorestais, uma pastagem não manejada e uma floresta secundária em Sapucaia-RJ, Brasil. De acordo com os resultados, as correlações entre a qualidade da serapilheira, MOS e parâmetros do solo sugerem que as entradas de serapilheira de alta qualidade (isto é, baixa relação C: N) juntamente com a MOS são essenciais para estimular à atividade biológica. No segundo capítulo, se observa que as práticas de manejo influenciaram à esporulação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) e o número total de espécies em sistemas agroflorestais e que a comunidade de FMA está correlacionada com outros importantes parâmetros de solo. Além disso, a glomalina contribui para o aumento do conteúdo do carbono organico do solo (COS), principalmente em sistemas agroflorestais e em áreas de pastagem. No terceiro capítulo, foi constatado que os efeitos da adoção de sistemas agroflorestais nas frações de carbono do solo foram percebidos nas camadas mais superficiais (0-5, 5-10 cm), principalmente na fração de particulada. A sazonalidade influencia a dinâmica do COS e suas frações. O índice de manejo de carbono (IMC) foi sensível para detectar mudanças por mudança no uso do solo e mostrou que a pastagem acumula carbono no solo mesmo com sinais de degradação. No capítulo quatro, o indice Soil Management Assessment Framework (SMAF) foi sensível para detectar mudanças na qualidade do solo causadas pela conversao de usos do solo.