Indicadores de qualidade do solo em sistemas agroflorestais em Paraty, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Miguel Seabra Corrêa da lattes
Orientador(a): Silva, Eliane Maria Ribeiro da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10541
Resumo: Sistemas agroflorestais (SAF´s) são consórcios de culturas agrícolas com espécies arbóreas que procuram incrementar a entrada de matéria orgânica no solo, promovendo a ciclagem de nutrientes, intensificando a atividade microbiana e sustentando uma comunidade de fauna do solo mais abundante e diversificada. O presente estudo teve como objetivo avaliar o reflexo de dois manejos agroflorestais sobre os estoques de serapilheira, as características químicas do solo, os indicadores microbiológicos, a respiração do solo e a estrutura da comunidade de macro e mesofauna do solo, comparando a um mandiocal e uma mata secundária no município de Paraty, RJ. O manejo de poda dos SAF´s proporcionou um aumento significativo no estoque de serapilheira do SAF 2 mas não do SAF 1, que apresentou queda nos estoques de serapilheira do inverno para o verão. Em relação às características químicas do solo, a mata e o SAF 1 apresentaram teores de matéria orgânica, carbono e nitrogênio maiores que o SAF 2 no inverno. No verão houve um aumento significativo nos teores de matéria orgânica e carbono nos solos de todos os tratamentos menos no SAF 1. No verão houve uma acidificação significativa em todos os tratamentos menos no SAF 2. Entre os indicadores microbiológicos, o quociente microbiano foi superior no SAF-2 em relação ao mandiocal no inverno, indicando elevada biomassa microbiana no solo com menores teores de matéria orgânica. No verão, as concentrações de C-BMS, a respiração basal do solo e a contribuição de raízes para a respiração total foram superiores na mata em relação a todos os outros tratamentos. Foram identificados 24 grupos taxonômicos da comunidade de meso e macrofauna do solo. No inverno, o SAF 2 apresentou a maior abundância de micrófagos, saprófagos e indivíduos totais que todos os outros tratamentos, apresentando situação mais favorável que a mata nas análises multivariadas. Do inverno para o verão, o SAF 1 e a mata apresentaram aumento na abundância de formigas e fitófagos, permanecendo próximas nas curvas de respostas principais. No SAF 2, houve uma diminuição na abundância de micrófagos do inverno para o verão, resultando no aumento da equitabilidade e do índice de diversidade. O mandiocal apresentou menor riqueza e menor número de indivíduos por metro quadrado na maioria das comparações, indicando que essa prática não é capaz de sustentar uma comunidade de fauna do solo da magnitude dos outros tratamentos. Os resultados mostraram que os indicadores biológicos são capazes de apresentar resposta ao manejo agroflorestal mais rapidamente que as característica químicas do solo. O SAF 1 apresentou muitas semelhanças com a mata provavelmente devido ao efeito de borda. O SAF 2 foi mais beneficiado pelo manejo, apresentando respostas nos atributos biológicos no inverno e nos atributos de fertilidade no verão. A avaliação da estrutura da comunidade de fauna edáfica demonstrou que os sistemas agroflorestais estão em processo de regeneração além do efeito da sazonalidade, aumentando a semelhança com a situação da mata onde os processos ecológicos são considerados eficientes.