A voz dos muros em uma análise discursiva: a pichação como ferramenta pedagógica para o desenvolvimento da leitura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Cristina Lúcia de lattes
Orientador(a): Fonseca, Rívia Silveira
Banca de defesa: Fonseca, Rívia Silveira, Rodrigues, Andréa, Costa, Wagner Alexandre dos Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15472
Resumo: O presente trabalho partiu da busca por práticas que auxiliem de maneira efetiva a formação do sujeito-leitor. Apresenta o desenvolvimento, aplicação e análise de uma proposta de intervenção pedagógica para a reflexão em ensino-aprendizagem de leitura e escrita no ano final do Ensino Fundamental na Educação de Jovens e Adultos. Fundamentada no aporte teórico da Análise do Discurso de linha francesa, a proposta desenvolve um conjunto de atividades voltadas a práticas de leitura vivenciadas no espaço urbano de Volta Redonda/RJ, local da pesquisa, do gênero discursivo pichação, e, como forma de registro dessas leituras, a escrita de comentários para a publicação em um blog coletivo da turma. A seleção do gênero pichação visa contribuir para a ampliação das possibilidades de leitura em sala de aula, frequentemente, limitadas aos manuais didáticos e distanciadas do cotidiano do aluno, assim como a temática abordada acerca das problemáticas locais pretende estimular o exercício da cidadania em uma prática social crítica e efetiva. Para tanto, o trabalho se apoia em uma metodologia de natureza qualitativa referida por Bortoni-Ricardo (2008), nos moldes da pesquisa-ação, de acordo com Barbier (2002). O suporte teórico é alicerçado na Análise do Discurso com as contribuições de Pêcheux (1995), Orlandi (2001, 2009, 2012, 2015, 2017), Brandão (2004), Indursky (2007, 2010, 2017) e Lagazzi-Rodrigues (2017). E ainda nos estudos acerca dos gêneros do discurso de Bakthin (2016), e estudos de Freire (1982), com sua proposta político-pedagógica. Para a análise de resultados, foram observados os gestos interpretativos no registro de cinco etapas de atividades realizadas, a fim de compreender os modos de produção de sentido e ampliar as habilidades discursivas no estudo do texto.