Interferência do inibidor de enzimas do complexo citocromo P450 na eficácia de misturas de herbicidas no controle de Digitaria insularis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Gledson Soares de lattes
Orientador(a): Pinho, Camila Ferreira de lattes
Banca de defesa: Pinho, Camila Ferreira de lattes, Machado, Aroldo Ferreira Lopes lattes, Hüther, Cristina Moll lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13306
Resumo: Objetivou-se nesse trabalho investigar o efeito do inibidor de enzimas do complexo citocromo P450 na eficácia de herbicidas para controle de Digitaria insularis. Foi realizado um experimento com replicata em casa de vegetação, localizada no campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, usando plantas de D. insularis em estádio de florescimento. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 16x2+3 casualizados em blocos. O fator A, foi constituído pela testemunha, os herbicidas 2,4-D (1005 g ea.ha-1); cletodim (192 g ia.ha-1) e haloxifope (62,4 g i.a. ha-1), aplicados de forma isolada, em mistura ou em intervalos de 0, 3, 6 e 12 dias e o fator B a presença ou não de malation (1000 g ha-1), aplicado 2 horas antes dos herbicidas. Já os tratamentos adicionais representam a mistura de malation aos herbicidas na calda de pulverização. O teste de compatibilidade físico-química foi realizado para verificação do comportamento dos produtos quando misturados na calda de pulverização. Foram realizadas as análises de fluorescência transiente da clorofila a aos 7, 14 e 35 dias após aplicação (DAA), porcentagem de controle aos 7, 14, 21, 28 e 35 DAA e massa seca de parte aérea (MSPA) após coleta das plantas aos 35 dias. Os dados foram submetidos a análise de variância ANOVA (p ≤ 0,05) e sendo F significativo, as médias foram comparadas pelo teste Skott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. As médias de porcentagem de controle obtidas pelo teste estatístico foram agrupadas em faixas de controle. Com relação as misturas de malation na calda de pulverização, os dados de porcentagem de controle e MSPA foram submetidos separadamente dos herbicidas sem inibidor e das aplicações em intervalos de tempo ao teste Skott-Knott a 5% de probabilidade. De acordo com os resultados verificou-se redução de controle de D. insularis quando adicionado 2,4-D aos graminicidas, sendo obtido para a mistura entre 2,4-D e cletodim melhor desempenho quando comparado com a mistura entre 2,4-D e haloxifope. Ambas misturas apresentaram incompatibilidade físico-químico em calda de acordo com a NBR 13875:2014. A aplicação de malation não interferiu no controle das plantas de capim-amargoso. Nos tratamentos em que o inibidor do P450 (malation) foi adicionado a calda de pulverização, o controle observado foi menor ou igual quando comparados aos tratamentos misturados sem a adição do malation. Pelo teste de compatibilidade de calda, as misturas com malation possuem restrição quanto ao seu uso, sendo classificadas como homogêneas sob agitação. Conclui-se, portanto, que a aplicação de malation duas horas antes dos demais tratamentos ou em mistura com 2,4-D, haloxifope ou cletodim, não melhora o controle do capim-amargoso, demonstrando que as enzimas do complexo P450 inibidas pelo malation não estão envolvidas no processo que resulta em antagonismo entre o 2,4-D e os herbicidas graminicidas utilizados para o controle de D. insularis