Caracterização química do óleo essencial de Schinus molle L. e sua propriedade antihemostática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Rosiane Conceição dos Santos Siqueira da lattes
Orientador(a): Chaves, Douglas Siqueira de Almeida
Banca de defesa: Souza, Marco André Alves de, Riger, Cristiano Jorge, Serrão, Luciana Wermelinger, Glauser, Bianca Fernandes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14617
Resumo: Segundo dados da OMS, 17,7 milhões de pessoas morrem a cada ano de distúrbios cardiovasculares, essas doenças trazem grandes preocupações para a humanidade, em especial a trombose, pois é uma das principais patologias associada à doença cardíaca isquêmica, acidente vascular cerebral isquêmico e tromboembolismo venoso. Os óleos essenciais possuem grande importância em desenvolvimento de pesquisas, e já foram notificados efeitos sinérgicos com anticoagulantes orais, que indica uma possível propriedade antitrombótica. O objetivo desse trabalho foi avaliar a composição química do óleo essencial de Schinus molle L. e analisar sua atividade sobre a hemostase. Para a extração do óleo essencial das folhas de Schinus molle L. foi utilizada a técnica de hidrodestilação através do aparelho tipo Clevenger, e o material obtido foi caracterizado por CG-DIC e CG-EM. Ação anticoagulante foi realizada por testes de TTPa e TP, e os ensaios de agregação plaquetária foram realizados em um agregômetro seguindo o método turbidimétrico, utilizando ADP e colágeno como indutores da agregação. Após a análise química do óleo essencial foram identificadas 41 substâncias, principalmente sesquiterpenos (88,1%), dos quais epi-α-cadinol (22,8%) e γ-cadineno (9,7%) apresentaram maior concentração. O óleo essencial de Schinus molle não apresentou atividade anticoagulante nas concentrações utilizadas (40, 200 e 400 mg.ml-1). A menor concentração do óleo essencial testada na agregação plaquetária (5 mg.ml-1), utilizando ADP como indutor, apresentou maior poder inibitório (80%) e a maior concentração (40 mg.ml-1) inibiu 48% da ativação plaquetária. Ao utilizar o colágeno como indutor, o óleo essencial não apresentou atividade significativa, assim como não mostrou atividade nos ensaios de coagulação, sugerindo que a ação antihemostática do óleo essencial se destina especialmente via agregação plaquetária, possivelmente pela inibição de receptores da família P2, os quais são ativados pelo ADP. Esse estudo é capaz de sugerir que o óleo essencial de Schinus molle pode ser uma fonte promissora de substâncias ativas para terapias curativas e/ou preventivas inovadoras, em particular contra a trombose. Este é o primeiro relato da ação antiplaquetária do óleo essencial de Schinus molle.