Estudo de coorte retrospectiva para avaliação da efetividade do Ácido Acetilsalicílico no prognóstico e evolução de pacientes com COVID-19 em hospital da região metropolitana de Goiânia
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde Brasil UEG Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde (PPG-CAPS) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1176 |
Resumo: | A trombose e a coagulação intravascular disseminada estão entre as complicações mais devastadoras da COVID-19. Existem evidências que a terapia com ácido em dose profilática pode diminuir o risco de trombose em pacientes com COVID-19, tendo em vista que esse medicamento é eficiente como antiagregante plaquetário em doenças cardiovasculares e tromboembólicas. Neste cenário, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar se o uso rotineiro e anterior do ácido acetilsalicílico poderia reduzir a mortalidade em pacientes internados por complicações com a COVID-19. Dessa forma, foi desenvolvido um estudo retrospectivo de todas as pessoas internadas no Hospital Municipal de Aparecida (Goiânia, Estado de Goiás), entre os dias 1º de outubro de 2020 e 9 de abril de 2021 com infecções confirmadas por COVID-19. Os critérios de inclusão foram pacientes com mais de 18 anos, infecção confirmada por COVID-19, com acompanhamento até pelo menos o 28º dia da internação, a alta ou ocorrência de óbito. O grupo controle foi composto por pacientes hospitalizados por COVID-19, não expostos à medicação com o ácido acetilsalicílico. Para capturar os resultados clínicos de interesse, o principal desfecho primário analisado foi o óbito. Os desfechos secundários analisados foram a necessidade de oxigenioterapia, ventilação mecânica, internação na unidade de tratamento intensivo e hemodiálise. Os resultados deste estudo revelaram que 40,12% das pessoas internadas com COVID-19 cumpriam com os critérios de inclusão. Destes, 75,95% usavam aspirina isoladamente, 3,44% usavam aspirina mais clopidogrel, 0,38% usavam aspirina mais ticagrelor e 0,38% usavam aspirina e prasugrel. Foi observada diferença estatisticamente significativa menor de óbitos, entre aqueles pacientes internados com COVID-19 que já usavam rotineiramente aspirina e aqueles pacientes internados com COVID-19 que não usavam o medicamento. Além disso, os resultados demonstraram que o uso contínuo do ácido acetilsalicílico diminuiu a necessidade de oxigenioterapia, hemodiálise, internação na unidade de tratamento intensivo e ventilação mecânica em pacientes com COVID-19. Contudo, existe a necessidade de desenvolver mais estudos clínicos e observacionais que comprovem o efeito do ácido acetilsalicílico na prevenção e no tratamento da COVID-19. |