Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1976 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Carlos Wilson Gomes
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Orientador(a): |
Neitz, Wilhelm Otto Daniel Martin |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11785
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Resumo: |
Estudos sobre a fauna no Novo Mundo mostraram que a Oceania e a ilha de Madagascar não possuíam artiodáctilos, enquanto que, as Américas apresentavam um grande número de espécies selvagens. Durante a colonização quando as condições se tornaram mais favoráveis, foi necessário introduzir animais domésticos do Velho Mundo para a produção de leite, carne bovina, ovina e suína. Neste período a exportação de produtos animais resumia-se à lã e peles. Isto ocorreu até o aparecimento de navios frigoríficos, que deram impulso a criação de rebanhos com a finalidade de exportar carne e produtos derivados. A população de cada uma das 5 espécies de artiodáctilos domésticos, bem como a sua incidência numérica, tanto no Velho como no Novo Mundo é apresentada em tabela. A introdução de gado foi acompanhada de sérios problemas, reconhecidos muitas décadas depois. Para a América do Norte 37 o gado procedeu das zonas temperadas do sudeste da Europa, porém, para o Estado do Texas e Norte do México o gado foi introduzido das regiões mediterrâneas. Ao chegar, estes animais introduziram na América do Norte, a febre do Texas e o seu vetor, Boophilus annulatus. Consequentemente, os fazendeiros tiveram grandes prejuízos. Smith & Kilborne (1893), identificaram o agente etiólogico desta doença, Babesia bigemina e ao mesmo tempo o seu vetor, B. annulatus , primeiro artrópode responsabilizado como vetor de hemoparasitos. Esta espécie foi identificada duas décadas depois como vetor do Anaplasma marginale por Theiler (1910). Para as regiões tropicais, Oceania, Madagascar, Sudoeste do México, América Central e do Sul foi introduzido o B. microplus, com o gado Zebu, dispersando-se facilmente e causando grandes prejuízos por transmitir B. bigemina, B. argentina e A. marginale. Experimentos no Velho Mundo mostraram que ovinos e caprinos abrigavam hemoparasitos como A. ovis e E. ovis; bovinos, E. wenyoni, e suínos, E. suis . Nos Estados Unidos também em suínos E. parvum . A distribuição dos parasitos mencionados em uma série de tabelas. Até o presente momento não se tinha estabelecido espécies de Eperythrozoon e A. ovis no Brasil. Ao se esplenectomizar artiodáctilos domésticos, previamente expostos a carrapatos e a insetos hematófagos, no Estado do Rio de Janeiro, revelaram que os ovinos apresentaram recaídas por A. ovis , os bovinos E. wenyoni e os suínos E. parvum . Na tentativa de se estabelecer a presença de E. suis , foi inoculado sangue prove- 38 niente de 10 porcos do Estado do Paraná, em dois suínos, um esplenectomizado e outro não esplenectomizado, apresentando resultados negativos. De maneira geral, aceita-se que E. wenyoni e E. parvum produzem doenças benignas. O grau de patogenicidade de A. ovis e e E. ovis varia, podendo ser até fatal. O comportamento de ambos os parasitos em condições brasileiras precisa ser estudado. |