Estudo de tranformações químicas e de Atividades biológicas de um limonóide do tipo A- seco e do Lupeol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Souza, Andrea Luzia Ferreira de lattes
Orientador(a): Rumjanek, Victor Marcos lattes
Banca de defesa: Rumjanek, Marcos Victor, Antunes, Otávio Augusto Ceva, Costa, João Batista Neves da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14545
Resumo: Durante a investigação de Lophanthera lactescens Ducke, família Malpighiaceae, foram isoladas várias substâncias, entre elas um limonóide que devido à fração clorofórmica foi chamado de LLD-3 e como este composto é altamente funcionalizado, foram realizadas algumas tentativas de transformações químicas. Foram feitas duas tentativas de eliminação da hidroxila terciária, usando como reagentes desidratantes p-TsOH e DCC. Ambas as reações não deram os resultados esperados, e assim, foram feitos estudos de modelagem molecular a fim de averiguar os efeitos estéricos que possivelmente impediram a desidratação de LLD-3. Foi feita uma reação de hidrogenação das ligações duplas, mas somente a ligação dupla do anel lactônico foi hidrogenada, o que foi comprovado por análise de RMN de 1H e IV. Foram também realizados testes farmacológicos que não mostraram atividade antiinflamatória até a dose de 0,5 mg/kg. A LLD-3 nas condições utilizadas nos testes é capaz de produzir efeitos tóxicos sobre o tecido hepático e provoca lesão no sistema urinário. Um isolamento de LLD-3 de uma outra amostra de madeira de Lophanthera lactescens forneceu somente uma quantidade ínfima de LLD-3, insuficiente para realizar outras transformações químicas e como alternativa foram preparados alguns derivados do lupeol que foram analisados quanto a sua atividade anti-HIV. Foram feitas também algumas modificações químicas com o lupeol, um triterpeno pentacíclico da série dos lupanos. A reação de hidrogenação do lupeol foi feita com Pd-C 10% e a análise dos espectros de IV, RMN de 1H e 13C e DEPT mostrou que houve redução da ligação dupla. Foi feita epoxidação da ligação dupla do lupeol com m-CPBA e análise de RMN de 1H e 13C e IV comprovou a obtenção do epóxido denominado lupeoI-EP. A partir deste produto, foi feita uma reação de abertura do anel oxirânico sendo que a análise de espectros de RMN de 1H e 13C, DEPT e IV mostrou a formação do monoálcool. Os testes anti-HIV mostraram que há inibição de HIV-1 na célula MT2 (similar à célula H9) em torno de 40% somente com os derivados lupeol-29-ol e lupeoI-EP. O próprio lupeol e o lupeoI-H não foram testados porque não são solúveis no solvente utilizado nos testes (DMSO).