Patrimônio cultural, festa e construção identitária: uma análise do processo de certificação quilombola da Comunidade do Barranco de São Benedito (2010-2016)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Karollen Lima da lattes
Orientador(a): Nascimento, Álvaro Pereira do lattes
Banca de defesa: Nascimento, Álvaro Pereira do, Costa, Carlos Eduardo Coutinho da, Monteiro, Lívia Nascimento, Moraes, Daniela Paiva Yabeta de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13900
Resumo: Nessa pesquisa, pretendemos investigar o processo de certificação do Quilombo Urbano do Barranco de São Benedito, localizado no bairro da Praça 14 de Janeiro, na cidade de Manaus, estado do Amazonas. A comunidade negra se constituiu a partir da migração de maranhenses, dentre eles ex-escravizados que, em fins do século XIX, se deslocaram da cidade de Alcântara, no estado do Maranhão, para a região amazônica. Com a vinda desses grupos negros, foram trazidas suas manifestações culturais e religiosas, sendo o festejo de São Benedito a primeira comemoração realizada por esses sujeitos na cidade manauara. A festa do santo preto tem sido transmitida de geração a geração entre as famílias maranhenses e seus descendentes, e foi um fator essencial para a materialização da sua certificação pela Fundação Cultural Palmares (FCP), no ano de 2014. Durante esse processo, houve a mobilização do patrimônio cultural negro, que permitiu legitimar a identidade quilombola, abrindo caminhos para o reconhecimento do Quilombo do Barranco como Patrimônio Cultural Imaterial do Amazonas, em 2015. Partindo disso, realizaremos uma análise do festejo do santo preto, bem como da certificação quilombola através dos jornais A crítica e Amazonas Em tempo, e incorporaremos, ainda, as etnografias e a cartografia social produzida sobre a comunidade negra, os documentos oficiais e os registros familiares de forma complementar.