Doenças de gatos domésticos (Felis catus) durante os primeiros anos da pandemia de COVID-19: um estudo retrospectivo multi-institucional de necropsias do Mato Grosso e Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Gabriela Reis Pereira de lattes
Orientador(a): Ubiali, Daniel Guimarães lattes
Banca de defesa: Ubiali, Daniel Guimarães lattes, Santos, André Felipe Andrade dos lattes, Colodel, Edson Moleta lattes, Sonne, Luciana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19186
Resumo: Estudos que investigam causas de morte na espécie felina têm crescido e apresentam informações para médicos veterinários, grupos de pesquisa, empresas do ramo veterinário e proprietários. Foram relatadas a causa de morte ou eutanásia de gatos domésticos no período de Janeiro de 2020 a Dezembro de 2021, durante a pandemia de SARS-CoV-2. Os dados foram obtidos a partir de necropsias realizadas pelo Setor de Anatomia Patológica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (SAP/UFRuralRJ) e do Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (LPV/UFMT). Neste período, foram realizadas 96 necropsias de gatos domésticos. Estabelecemos a causa da morte de 87 felinos (90,4%) e 9 felinos não foram conclusivos (10,6%). Estabelecemos grupos diagnósticos: infecciosa e parasitária (37,5%), neoplásicas (14,5%), outras causas (8.4%), malformação (7,3%), doença do trato urinário inferior felino DTUIF (7,3%), degenerativa (6,2%), trauma (6,2%) e iatrogênica (3,1%). As doenças infecciosas correspondem ao grupo de doenças mais observadas em gatos do Rio de Janeiro e Mato Grosso e a pneumonia foi mais diagnosticada (19,8%). Todos os 96 felinos foram testados por RT-PCR para os genes ORF-1a, Nucleocapsídeo 1 e Nucleocapsídeo 2 de SARS-CoV- 2 foram negativos. Amostras de pulmão e rim foram submetidas à imuno-histoquímica, com anticorpos anti-nucleocapsídeo anti-SARS-CoV e anti-proteína Spike SARS-CoV-2. Em um felino, houve imunomarcação para os dois anticorpos testados, com histórico de RT-qPCR positivo para SARS-CoV-2 em amostras de swab oronasal e nasofaríngeo. O estudo imuno- histoquímico e a vigilância molecular em felinos do Brasil em 2020 e 2021 demonstraram uma baixa frequência de infecção por SARS-CoV-2. Ressaltamos que os estudos de causa morte e a vigilância de zoonoses na espécie felina devem ser explorados e contínuos.