Heterarquia na aprendizagem coletiva e desenvolvimento de competência profissional pericial num centro de criminalística: o caso da polícia militar do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15317 |
Resumo: | A presente pesquisa aplicada teve como objetivo descrever o processo de aprendizagem coletiva e desenvolvimento da competência profissional funcional dos peritos militares no CCrim por meio de aprendizagem no trabalho para subsidiar a elaboração de um plano de capacitação pertinente à realidade da unidade. Para tanto, foram identificados os principais conceitos na literatura e realizada pesquisa empírica qualitativa. A fundamentação teórica versa sobre gestão de pessoas por competências, aprendizagem coletiva e comunidades de prática. A pesquisa aplicada foi configurada como um estudo de caso único para obter profundidade e detalhamento. Os quatorze sujeitos da pesquisa foram todos os peritos e a chefia do CCrim. A coleta de dados se realizou mediante entrevista semiestruturada com roteiro para explicitar o contexto da aprendizagem e competências desenvolvidas na visão dos entrevistados assim como suas concepções sobre o que e como se constitui a competência profissional do perito criminal. Os dados de campo foram qualitativamente interpretados. Com base nos resultados obtidos, foram reveladas as formas de aprendizagem praticadas até o momento pelos peritos no seu trabalho cotidiano e que têm sido efetivas para gerar e desenvolver suas competências funcionais. Os resultados evidenciam que a coexistência da aprendizagem formal e informal propicia aos peritos desenvolverem as suas competências funcionais, revelando características de comunidade de prática nas quais se estabelecem relações heterárquicas de trabalho para gerar conhecimento pericial na unidade ao invés das hierárquicas que caracterizam estruturas militares. Como implicações práticas, apontam-se, portanto, a necessidade no CCrim de se investir e capitalizar a aprendizagem informal interdisciplinar e a vivência de veteranos com novatos no aperfeiçoamento da competência profissional em pericia criminal inclusive na formação e capacitação dos peritos mediante seu curso de investigação e perícia criminal, primeiro degrau do Oficial da PMERJ para o exercício da função. Recomenda-se para capacitação de peritos a intensificação na atividade prática durante e após a formação, de modo a atender as necessidades e realidades a serem enfrentadas ao longo do exercício da função. E para ativar o processo de aprendizagem coletiva dos peritos, fomentar a maior participação dos profissionais mais experientes no ambiente de trabalho, principalmente com atenção aos novatos, com o apoio e a participação da chefia da unidade. Como implicações teóricas, sugerem-se continuar a pesquisa na organização examinando como os gestores das demais unidades da PMERJ podem estimular o desenvolvimento de competências coletivas em grupos de trabalho, bem como a interação e o comprometimento dos peritos veteranos com os peritos novatos, para compartilhamento do conhecimento. |