Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mundoco, Rosiléia de Oliveira
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Orientador(a): |
Nascimento, Eulina Coutinho Silva do |
Banca de defesa: |
Nascimento, Eulina Coutinho Silva do,
Mattos, Sandra Maria Nascimento de,
Mattos, José Roberto Linhares de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12982
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Resumo: |
A presente pesquisa teve como objeto de estudo o bilinguismo e sua contribuição para a reafirmação da etnocultura na educação escolar da aldeia indígena Tekrejarôtire. A referida aldeia fica situada no território indígena Las Casas, região sudeste do estado do Pará, é composta por indígenas que são conhecidos pelo exônimo1 Kaiapó, mas se autodenominam os Mebêngôkre, que significa “os homens do lugar entre as águas”. Na aldeia se encontra situada a EMEF (Escola Municipal Indígena de Educação Fundamental) Kaiapó, sendo esta o lócus desta pesquisa. Considerando as peculiaridades e necessidades que urgem quando se aborda a temática da educação escolar indígena, a presente pesquisa reuniu dados acerca da presença da cultura Mebêngôkre na educação escolar indígena, tendo como elemento de reafirmação o bilinguismo, abarcando o direito de preservação da etnocultura e a uma educação diferenciada. De início, é apresentado o contexto da pesquisa descrevendo o povo Mebêngôkre, a aldeia Tekrejarôtire e a EMEF Kaiapó. Nesse sentido elencou em linhas gerais conceitos importantes ao desenvolvimento da pesquisa, compondo a fundamentação teórica assuntos como a Educação Escolar Indígena no Brasil, Educação Escolar Indígena no Pará, conceito de Etnocultura, a Cultura Mebêngôkre incluindo-se a sua língua autóctone, Diglossia, diversas concepções sobre o bilinguismo, e ainda, trouxe uma apresentação cronológica do bilinguismo na educação escolar indígena ao longo de nossa história, desde o Brasil império chegando a políticas atuais, como a lei 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino de história afro-indígena, e a política de cotas para ingresso de indígenas nas Universidades. Os percursos metodológicos seguidos para esta pesquisa descritivo-exploratória de cunho qualitativo foram pautados em análise documental, questionários, entrevistas, conversas e observação, por meio dos quais foi possível verificar como este conteúdo tem sido abordado na práxis docente, também como o bilinguismo se revela no ambiente escolar por meio dos atores envolvidos no processo educacional da escola e ainda, como o bilinguismo tem contribuído para a reafirmação da etnocultura na educação escolar da aldeia. Os dados coletados são apresentados por meio de alguns gráficos e citações indiretas dos sujeitos pesquisados, evidenciando como questões inerentes à realidade daquela escola, como a formação docente, os materiais didático-pedagógicos, o processo de alfabetização, a língua nativa e o bilinguismo têm sido abordados naquela aldeia, e principalmente, buscou observar se esse fenômeno linguístico ali evidenciado tem servido como aliado ou vilão para o reforço da cultura nativa no ambiente escolar. |