Modulação da função tireoidea e das iodotironias desiodases tipo 1 e 2 em ratas prenhas submetidas à restrição de sono e avaliação de sua prole

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cruz, Natália Santos lattes
Orientador(a): Marassi, Michelle Porto
Banca de defesa: Marassi, Michelle Porto, Ferreira, Andrea Claudia Freitas, Silva, Alba Cenélia Matos da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14940
Resumo: O sono é considerado essencial para a vida e para manutenção da homeostase. Durante a gestação ocorre uma série de mudanças, inclusive nos padrões de sono com diminuição da quantidade de sono no terceiro trimestre. Já está comprovado que a privação de sono desencadeia estresse oxidativo em vários órgãos e a indução de estresse oxidativo durante a gravidez pode conduzir a malformações congênitas, morte fetal, alterações hormonais e diminuição do ganho de peso corporal na mãe e no filhote, entretanto, não há na literatura trabalhos que avaliem os efeitos da restrição de sono sobre a função tireóidea durante a gestação. Por isso, objetivamos estudar o efeito da restrição de sono sobre a função tireóidea e metabolismo extratireoideo das iodotironinas em ratas prenhas submetidas à restrição de sono, além de avaliar os mesmo parâmetros na sua prole. Fêmeas virgens (200-250g), em proestro, foram colocadas com machos. A presença de espermatozóides no esfregaço vaginal definiu o 1º dia gestacional e as fêmeas foram divididas em controle (C, n=15) e restrita de sono (RS, n=22). Para a restrição de sono utilizamos a metodologia das Plataformas Múltiplas Modificada, iniciando a restrição no 14º dia gestacional e finalizando no 20º, quando metade das ratas (C=7 e RS=11) foram eutanasiadas e as restantes pariram normalmente (C=8 e RS=11), permanecendo com os filhotes até o desmame, quando foram eutanasiadas juntamente com parte dos filhotes machos (C=4 e RS=8) e fêmeas (C=6 e RS=7), as filhotes fêmeas (C=4 e RS=13) restantes sofreram eutanásia com 60 dias de vida. O peso corporal foi acompanhado durante a gestação. Tireoide, adrenal e hipófise foram pesadas para análise do peso absoluto e relativo. T4 (g/dL), T3(ng/dL) e corticosterona (ng/ml) séricos foram analisados por RIA. A atividade Desiodase tipo 2 (D2, expressa em fmoles T4/min.mg.ptn) foi avaliada na hipófise, tecido adiposo marrom (TAM), hipotálamo e hipocampo. A atividade Desiodase tipo 1 (D1, expressa em pmoles rT3/min.mg.ptn) foi avaliadano fígado, rim, tireoide e hipófise. Na estatística foi utilizado o teste T-Student (p<0,05). Aprovação do comitê de ética da UFRRJ N° 23083.000361/2013-10. Nas ratas prenhas RS, observamos aumento do peso absoluto da adrenal, diminuição dos níveis de T4 e aumento da atividade D2 no TAM no 20º dia gestacional. Nas ratas RS no desmame dos filhotes, além do T4 sérico baixo, encontramos aumento do peso relativo da adrenal e da atividade D1 no rim, e diminuição da atividade D1 na hipófise e fígado. Na prole de ratas RS durante a gestação, encontramos aumento do peso relativo da tireoide, dos níveis de T4 e corticosterona nos filhotes machos de 21 dias, e aumento da atividade D2 hipotalâmica nas fêmeas de 60 dias. Em conclusão, a restrição de sono por 6 dias em ratas prenhas afeta sua função tireoidea, diminuindo o T4 sérico, já os níveis de T3 são mantidos provavelmente pela modulação da desiodação periférica (elevada atividade D2 no TAM), além disso, a restrição de sono durante a gestação altera também o status tireoideo da prole, que apresenta elevação na concentração de T4 sérico associado à níveis de T3 e atividade D1 normais. O sono é considerado essencial para a vida e para manutenção da homeostase. Durante a gestação ocorre uma série de mudanças, inclusive nos padrões de sono com diminuição da quantidade de sono no terceiro trimestre. Já está comprovado que a privação de sono desencadeia estresse oxidativo em vários órgãos e a indução de estresse oxidativo durante a gravidez pode conduzir a malformações congênitas, morte fetal, alterações hormonais e diminuição do ganho de peso corporal na mãe e no filhote, entretanto, não há na literatura trabalhos que avaliem os efeitos da restrição de sono sobre a função tireóidea durante a gestação. Por isso, objetivamos estudar o efeito da restrição de sono sobre a função tireóidea e metabolismo extratireoideo das iodotironinas em ratas prenhas submetidas à restrição de sono, além de avaliar os mesmo parâmetros na sua prole. Fêmeas virgens (200-250g), em proestro, foram colocadas com machos. A presença de espermatozóides no esfregaço vaginal definiu o 1º dia gestacional e as fêmeas foram divididas em controle (C, n=15) e restrita de sono (RS, n=22). Para a restrição de sono utilizamos a metodologia das Plataformas Múltiplas Modificada, iniciando a restrição no 14º dia gestacional e finalizando no 20º, quando metade das ratas (C=7 e RS=11) foram eutanasiadas e as restantes pariram normalmente (C=8 e RS=11), permanecendo com os filhotes até o desmame, quando foram eutanasiadas juntamente com parte dos filhotes machos (C=4 e RS=8) e fêmeas (C=6 e RS=7), as filhotes fêmeas (C=4 e RS=13) restantes sofreram eutanásia com 60 dias de vida. O peso corporal foi acompanhado durante a gestação. Tireoide, adrenal e hipófise foram pesadas para análise do peso absoluto e relativo. T4 (g/dL), T3(ng/dL) e corticosterona (ng/ml) séricos foram analisados por RIA. A atividade Desiodase tipo 2 (D2, expressa em fmoles T4/min.mg.ptn) foi avaliada na hipófise, tecido adiposo marrom (TAM), hipotálamo e hipocampo. A atividade Desiodase tipo 1 (D1, expressa em pmoles rT3/min.mg.ptn) foi avaliadano fígado, rim, tireoide e hipófise. Na estatística foi utilizado o teste T-Student (p<0,05). Aprovação do comitê de ética da UFRRJ N° 23083.000361/2013-10. Nas ratas prenhas RS, observamos aumento do peso absoluto da adrenal, diminuição dos níveis de T4 e aumento da atividade D2 no TAM no 20º dia gestacional. Nas ratas RS no desmame dos filhotes, além do T4 sérico baixo, encontramos aumento do peso relativo da adrenal e da atividade D1 no rim, e diminuição da atividade D1 na hipófise e fígado. Na prole de ratas RS durante a gestação, encontramos aumento do peso relativo da tireoide, dos níveis de T4 e corticosterona nos filhotes machos de 21 dias, e aumento da atividade D2 hipotalâmica nas fêmeas de 60 dias. Em conclusão, a restrição de sono por 6 dias em ratas prenhas afeta sua função tireoidea, diminuindo o T4 sérico, já os níveis de T3 são mantidos provavelmente pela modulação da desiodação periférica (elevada atividade D2 no TAM), além disso, a restrição de sono durante a gestação altera também o status tireoideo da prole, que apresenta elevação na concentração de T4 sérico associado à níveis de T3 e atividade D1 normais.