Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Lucio Lambert de
 |
Orientador(a): |
Araújo, Ednaldo da Silva |
Banca de defesa: |
Araújo, Ednaldo da Silva,
Espíndola, José Antônio Azevedo,
Campos, David Vilas Boas de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
|
Departamento: |
Instituto de Agronomia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10389
|
Resumo: |
A agroecologia, que engloba as práticas conservativas e regenerativas do solo na agricultura orgânica, apresenta-se como resistência e como alternativa sustentável à chamada “Revolução Verde” e seus reflexos negativos sistêmicos que vão desde a falência e o êxodo rural de milhões de agricultores familiares, contaminação das aguas e solos, diminuição da biodiversidade (erosão genética) e da soberania alimentar e nutricional, até a contribuição efetiva para as mudanças climáticas atuais. Nesse contexto, os bokashis (adubos compostos fermentados) e biofertilizantes líquidos são instrumentos importantes para a agricultura familiar no manejo do sistema orgânico de produção já que podem, com a ação dos microrganismos, trazer benefícios à fertilidade do solo, desenvolvimento e proteção das plantas, produtividade e qualidade dos cultivos. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de bokashis e biofertilizantes líquidos no cultivo do milho BRS Eldorado. O experimento foi conduzido em condições de campo, em área considerada improdutiva pelos agricultores, no assentamento da reforma agraria Terra Prometida, Baixada Fluminense, RJ. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições totalizando vinte parcelas experimentais de 9,6m2 e 80 plantas cada. Os tratamentos consistiram de: Bokashi Padrão (BP); Bokashi Alternativo (BA); Biofertilizante Bokashi Alternativo (BFBA); Biofertilizante Mix (BFMix) e Testemunha (T, sem adubação). Na composição dos diferentes bokashis e biofertilizantes foram usados insumos comerciais como torta de mamona e farelo de trigo, e também resíduos alternativos locais como cascas de bananas, bagaço de malte, borra de café, esterco bovino, pó de rocha e arroz cozido fermentado em serapilheira, entre outros. Foram medidas as seguintes variáveis: Altura do milho aos 60 dias após o plantio (Altura 60 DAP); diâmetro das espigas (DE); comprimento das espigas (CE); produtividade média das espigas com potencial comercial (ProdEsp). Foram analisados também os teores dos nutrientes N, P, K, Mg e Ca, separadamente na espiga (milho+sabugo) e na palha do milho. Os tratamentos propostos no estudo apresentaram diferença significativa na Altura 60 DAP, se comparados com a testemunha (sem adubação). Os tratamentos Bokashi Alternativo, Biofertilizante Bokashi Alternativo e testemunha proporcionaram um maior teor de K na palha do milho quando comparado aos outros tratamentos propostos no estudo (BP e BFMix). Foram realizadas vivencias rurais de compartilhamento e troca de conhecimentos com agricultores do assentamento e no final do projeto foi elaborada, em linguagem acessível aos agricultores, uma cartilha com instruções práticas para elaboração de bokashis e biofertilizantes de baixo custo. |