Efeitos da N-acetilcisteína na modulação autonômica cardíaca e nos parâmetros bioquímicos relacionados ao metabolismo muscular após o exercício de salto em equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Mariana do Desterro Inácio e lattes
Orientador(a): Olivares, Emerson Lopes lattes
Banca de defesa: Olivares, Emerson Lopes lattes, Lessa, Daniel Augusto Barroso lattes, Fortes, Fabio da Silva de Azevedo lattes, Silveira, Anderson Luiz Bezerra da lattes, Marques, Ana Paula Lopes lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10141
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos decorrentes da utilização de Nacetilcisteína (NAC) sobre o balanço simpatovagal cardíaco (estudo da variabilidade da frequência cardíaca, VFC), estresse oxidativo e a lesão muscular, gerados pela atividade física, após exercício de salto em equinos. Foram utilizados sete equinos de ambos os sexos (dois machos e cinco fêmeas) com idade média de 14,43±3,64 anos, pesando 557,14 ± 44,99 kg. Todos treinados a realizarem provas equestres como as que serviram para o presente estudo. Inicialmente foi realizada uma coleta basal (grupo BASAL) de dados, em repouso, um dia antes de prova de salto contendo doze obstáculos posicionados a um metro de altura. A segunda coleta (grupo EX) foi realizada após prova de salto, iniciada quinze minutos após término da atividade física. Após sete dias desta primeira prova, iniciou-se o tratamento com NAC na dose de 10mg.kg-1, por via oral a cada doze horas, durante quatorze dias, sendo então realizada a terceira coleta (grupo NAC) com os equinos em repouso. No dia seguinte foi realizada a quarta coleta (grupo NAC+EX) quinze minutos após exercício de salto. Em todas as coletas foi utilizado o monitor Polar Equine RS800 para a obtenção de traçado eletrocardiográfico e da variabilidade da frequência cardíaca, pelo método de Transformada Rápida de Fourrier, através de software específico (Kubios HRV, versão 2.1, Finlândia). Em todos os momentos foram obtidas amostras de sangue, centrifugadas imediatamente após coleta à vácuo para obtenção de plasma e soro. Estas serviram para as avaliações séricas de Aspartato Aminotransferase (AST), Fosfatase Alcalina (FA), Creatinina, Creatina Fosfoquinase (CPK), Gama Glutamil Transferase (GGT), Uréia e Lactato Desidrogenase (LDH) e plasmáticas de Lactato e Malondialdeído (MDA). O teste estatístico utilizado foi o ANOVA One Way para medidas repetidas. Na análise da VFC houve diferença estatística após o exercício com o uso de NAC observado claramente pela retirada simpática e aumento na entrada vagal, representadas por maiores valores de espectro d alta frequência (AF) normalizada e menores valores de baixa frequência (BF) normalizada e da razão BF/AF normalizadas. Nos testes bioquímicos houve aumento nos índices, em repouso, de FAL, GGT, LDH, AST, e ureia após o uso de NAC. Após o exercício, quando decorrido previamente o tratamento com NAC, houve aumento significativo nas taxas de CK, FA, GGT, LDH e ureia. Para a creatinina foram observados menores valores tanto em repouso quanto depois do exercício após o uso de NAC, sugerindo possível proteção renal induzida pelo medicamento. Considerando-se o potencial preventivo de intercorrências cardíacas que uma menor atividade simpática e uma entrada vagal mais acentuada após o exercício podem representar, podemos sugerir que a NAC é eficaz em melhorar a Variabilidade da frequência cardíaca diminuindo a possibilidade de arritmias fatais e morte súbita no crítico momento de recuperação pós exercício moderado e intenso bem como em repouso. Esse efeito parece ser independente dos efeitos bioquímicos uma vez que a NAC não diminuiu de maneira significativa o estresse oxidativo e a lesão tecidual causadas pela atividade de salto em equinos