Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Cátia Cilene Pereira Meireles
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Orientador(a): |
Freire, Gilson Costa
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Banca de defesa: |
Freire, Gilson Costa,
Pinto, Deise Cristina de Moraes,
Ribeiro, Roza Maria Palomanes |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15455
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Resumo: |
Com base nos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista, em especial na aplicação do contínuo de oralidade-letramento proposto por Bortoni-Ricardo (2004), que se aproxima do contínuo de gêneros textuais de Marcuschi (2001), este trabalho se inscreve como uma pesquisa-ação (cf. TRIPP, 2005) que busca desenvolver uma mediação pedagógica com o fenômeno da variação nós/ a gente em textos de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Por conseguinte, o objetivo geral é oferecer uma contribuição ao ensino de língua portuguesa no que diz respeito à abordagem da variação linguística em sala de aula a partir de um trabalho sistemático com o fenômeno variável em foco. Como objetivos específicos, pretendemos (i) apresentar um levantamento das variantes usadas para a representação de P4 em textos produzidos por alunos do Ensino Fundamental a partir de gêneros organizados ao longo do contínuo de oralidade-letramento; (ii) favorecer o letramento dos alunos para que reconheçam os contextos de uso das variantes em cada ponto do contínuo, de modo a desenvolverem a habilidade de transitar de textos representativos do polo de [+ oralidade] aos do polo de [+ letramento]. Para alcançar os objetivos propostos, elaboramos uma mediação pedagógica que permitiu trabalhar o uso das variantes, por meio de atividades de produção textual e de retextualização nos seguintes gêneros: (i) relato de experiência, representativo de textos com traços de oralidade; (ii) relatório, representativo de evento de comunicação mediado pela cultura escrita, em que normalmente se encontra com mais força a tradição gramatical. Os resultados mostraram que, de modo geral, os alunos manifestaram em suas produções a prática de escrita da sociedade letrada brasileira: no gênero não situado no polo de [+ letramento] do contínuo apareceu a alternância nós/ a gente, tão comum na fala, enquanto no gênero pertencente a esse polo o uso da variante tradicional foi semicategórico. Tais resultados refletem, por um lado, a desconstrução da crença de que a escrita só aceita a variante canônica e, por outro, o avanço no processo de letramento dos alunos, que passaram a reconhecer os contextos em que as duas variantes de P4 podem coocorrer e aqueles em que só se admite a variante canônica, de modo que se tornaram capazes de transitar de um ponto a outro do contínuo, a depender do gênero textual em se dá o evento comunicativo. |