Nós vs a gente na escola: análise da fala e escrita de estudantes do município de Rio Grande

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Matheus Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9133
Resumo: O objeto de estudo desta dissertação centra-se na primeira pessoa do plural com a função sintática de sujeito, representada, na maioria das vezes, pelas formas nós e a gente, no português brasileiro. O corpus analítico desta pesquisa, por sua vez, consiste na análise da fala e da escrita de estudantes do município de Rio Grande (RS). Desse modo, a partir dos pressupostos de William Labov (2008 [1972]) e de sua denominada Teoria da Variação e Mudança, foi proposta uma mesma atividade para duas turmas (uma de ensino fundamental e outra de ensino médio), envolvendo a produção de narrativas (escritas e orais) em primeira pessoa. A partir disso, os dados coletados que constituíram o corpus deste estudo foram quantificados e submetidos ao programa estatístico Goldvarb X, a fim de que se identificassem as variáveis linguísticas e/ou extralinguísticas que condicionam o fenômeno investigado. Assim, os grupos de fatores modalidade, preenchimento do sujeito, concordância verbal e escolaridade foram selecionados pelo programa como significativos na análise desta variação linguística. Embora o pronome nós tenha obtido o maior número de ocorrências (principalmente em textos escritos), a maioria dessas variáveis indicou favorecimento no emprego de a gente, com destaque para o fator modalidade, que apontou predomínio da forma inovadora na fala, enquanto o pronome canônico nós revelou-se como bastante conservador na escrita, confirmando a hipótese inicial deste estudo, baseada nos trabalhos de Brustolin (2010) e Fagundes (2015).