Efeito da velocidade de administração sobre a dose de indução do propofol em gatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Renato Leão Sá de lattes
Orientador(a): Souza, Heloisa Justen Moreira de
Banca de defesa: Souza, Heloisa Justen Moreira de Souza, Paiva, Jonimar Pereira, Santos, Paulo Sergio Patto dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14162
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido no setor de pequenos animais do Hospital Veterinário da UFRRJ. Foram utilizados 40 gatos provenientes do programa de controle de natalidade de cães e gatos da instituição. Os animais se enquadraram como ASA I ou II para serem incluídos no estudo. Seu objetivo foi mensurar o potencial da metadona em reduzir o requerimento de propofol para indução anestésica em gatos. Além disso objetivou avaliar a incidência de efeitos adversos durante esta indução e comparar o efeito de diferentes velocidades de administração do anestésico sobre estas variáveis. Os animais foram distribuídos em dois grupos para administração da medicação pré-anestésica, um grupo recebeu acepromazina (0,05 mg.kg-1) associada a metadona (0,3 mg.kg-1) e outro grupo recebeu a acepromazina associada a solução salina estéril (0,03 mL.kg-1). Os animais tiveram seus escores de sedação avaliados nos tempos 15 e 30 minutos após a administração dos protocolos, através de duas escalas: uma escala descritiva simples e uma escala analógica visual. Posteriormente a avaliação dos escores de sedação os animais foram novamente divididos em dois grupos: com indução com propofol na velocidade de 5 mg.kg-1.min-1 ou na velocidade de 1,5 mg.kg-1.min-1. Os escores de sedação não variaram significativamente entre os grupos nem ao longo do tempo em ambas as escalas, sendo possível observar apenas uma leve tranquilização nos animais em ambos os grupos. Os animais que receberam metadona apresentaram sinais de euforia. Os animais que receberam a indução na velocidade mais lenta apresentaram maior incidência de efeitos adversos além de apresentarem maior requerimento anestésico para indução, sem diferença entre os grupos pré-tratados ou não com metadona. Nos grupos com indução mais rápida não foram evidenciados efeitos colaterais. A indução com a velocidade mais rápida se apresentou mais segura por ser quase isenta de efeitos adversos. Os animais pré-tratados com metadona e induzidos com velocidade maior, apresentaram significativa redução no requerimento de propofol, sendo esta redução de 33% frente aos animais não tratados com metadona e induzidos na mesma velocidade e de 38% frente aos animais induzidos com velocidade mais lenta, sem diferença entre os tratamentos. Estes resultados demonstram o benefício da utilização de analgésicos opióides na medicação pré-anestésica, além do efeito analgésico, mas também reduzindo o requerimento de agentes indutores e consequentemente seus efeitos deletérios. Da mesma maneira demonstrou-se que induções em velocidades excessivamente lentas se apresentam como formas deletérias de utilização do propofol como agente indutor, aumentando seu requerimento e a incidência de efeitos adversos.