Caracterização fenotípica da resistência aos antimicrobianos e detecção do gene mecA em Staphylococcus spp. coagulasenegativos isolados de amostras animais e humanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Soares, Lidiane de Castro lattes
Orientador(a): Souza, Miliane Moreira Soares de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Veterinária
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14293
Resumo: Os estafilococos coagulasenegativos (ECN) fazem parte da microbiota normal da pele e apesar de terem sido considerados saprófitas por muito tempo, o seu significado clínico como agente etiológico tem aumentado com o passar dos anos. No entanto, apesar de todo avanço nas técnicas de identificação dos ECN e do conhecimento destes como agentes etiológicos em diversos processos infecciosos, estes microrganismos muitas vezes são negligenciados na rotina laboratorial, devido a enorme diversidade de espécies encontradas. A identificação das espécies de ECN, embora de difícil realização para a maioria dos laboratórios clínicos, é necessária para diferenciar o potencial patogênico e o perfil de resistência de cada isolado. A resistência à oxacilina em ECN é mediada pelo gene mecA e usualmente heterogênea, sendo detectada por vários métodos fenotípicos. Neste estudo, foram avaliados 72 isolados de ECN provenientes de amostras do conduto auditivo de cães da raça Beagles, de mastite bovina e de infecções humanas. Staphylococcus xylosus foi o microrganismo mais isolado, nas amostras animais, e S. cohnii subsp.urealyticus em humanos, dentro de uma ampla gama de espécies identificadas. O perfil de resistência aos antimicrobianos em isolados de animais e humanas foi avaliado através da técnica de difusão em disco, na qual detectouse um elevado nível de resistência à penicilina e ampicilina. A gentamicina, vancomicina e associação ampicilina+sulbactam foram eficientes frente aos isolados testados. A avaliação da resistência à oxacilina foi realizada através da difusão em disco modificada, ágar screen, microdiluição em caldo e em ágar. A presença do gene mecA foi determinada pelo método da Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), sendo 5,55% dos isolados mecA positivos. Os resultados fenotípicos de resistência a cefoxitina e a oxacilina foram correlacionados com a detecção do gene mecA, que foi utilizado como padrão ouro para avaliação da sensibilidade e especificidade das técnicas utilizadas. O reduzido número de isolados mecA + não permitiu estabelecer o grau de correlação entre a cefoxitina e a oxacilina como método de predição do gene, embora ambas tenha apresentado o mesmo percentual de resistência. O teste fenotípico que apresentou melhor acurácia na detecção da resistência à oxacilina foi a microdiluição em caldo.