Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Ana Rosa de
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Orientador(a): |
Morais, Lilia Aparecida Salgado de |
Banca de defesa: |
Morais, Lilia Aparecida Salgado de,
Souza, Marco André Alves de,
Rosa, Raul Castro Carriello,
Krause, Willian,
Carmo, Margarida Gorete Ferreira do |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9879
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Resumo: |
Para o manejo sustentável de patógenos em sistemas agroecológicos e orgânicos é imprescindível o uso de substâncias naturais, não prejudiciais ao equilíbrio dos ecossistemas, que não deixem resíduos no alimento e no ambiente e permitam a plasticidade do sistema. O uso indiscriminado de pesticidas em sistemas agrícolas levou a uma pressão no sistema e desequilíbrio nas cadeias, com a seleção de microrganismos resistentes aos produtos disponíveis no mercado, diminuindo a vida útil destes. Neste cenário, a conscientização sobre o manejo de pragas e doenças torna-se fundamental. À vista disso, se destacam pesquisas de novos agentes antimicrobianos de origem vegetal. O uso amplo de óleos essenciais (OEs) em práticas cotidianas não é recente e estes têm demonstrado ótimos resultados com uma infinidade de atividades biológicas significativas, tais como nematicidas, fungicidas, bactericidas, inseticidas ou antioxidantes, levando pesquisadores a investigarem sua atividade antimicrobiana. Nesta pesquisa objetivou-se diagnosticar as principais doenças fitopatogênicas associadas à Passiflora edulis a partir de cultivos comerciais no município de Paty do Alferes-RJ; testar a atividade antimicrobiana dos OEs das espécies medicinais Ocimum basilicum, Origanum vulgare, Zingiber officinale, Citrus sinensis, Eugenia caryophyllus, Cinnamomum cassia, Melaleuca alternifolia, Cymbopogon winterianus, Mentha arvensis, Thymus vulgaris e Lavandula dentata sobre os fitopatógenos selecionados na diagnose. Para os testes laboratoriais inicialmente foi realizado screening por meio do método de difusão em ágar; determinou-se in vitro a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM) para os microrganismos Cladosporium herbarum e Colletotrichum gloeosporioides pelo método da microdiluição seriada. Para o fungo Rhizoctonia solani foram mensuradas a taxa de inibição do crescimento micelial (ICM) e taxa de crescimento micelial (TxCM). Os testes in vivo foram realizados em mudas e frutos de maracujá. Os resultados das diagnoses obtidos indicaram a ocorrência de patologias no maracujá, tais como a virose do endurecimento dos frutos do maracujá, doenças fúngicas como mancha parda do maracujazeiro, verrugose e cancrose, fusariose, mela e antracnose, podridão do colo causada por oomiceto, doenças causadas por nematoide das galhas, por nematoide reniforme e a mancha-bacteriana do maracujazeiro. Os fitopatógenos C. herbarum, C. gloeosporioides e R. solani associados à cultura do maracujá foram selecionados para os testes com OEs. Todos os OEs testados apresentaram atividade antimicrobiana, sendo maiores destaques os OEs de cravo e canela para os microrganismos C. herbarum a CFM de 160 e 80 μ.mL-1, respectivamente e para C. gloeosporioides a CFM de 40 e 20 μL.mL-1, respectivamente. Da mesma forma, os OEs de basilicão, orégano, cravo, canela, melaleuca, citronela, menta e tomilho demonstraram eficácia na inibição de R. solani, com taxas de ICM superiores a 80 até 100%. |