Pelo progresso da sociedade: a imprensa protestante no Rio de Janeiro imperial (1864-1873)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Medeiros, Pedro Henrique Cavalcante de lattes
Orientador(a): Basile, Marcello Otávio Neri de Campos
Banca de defesa: Basile, Marcello Otávio Neri de Campos lattes, Rodrigues, Claudia, Santirocch, Ítalo Domingos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13877
Resumo: O propósito central desta dissertação é analisar o processo de inserção das ideias protestantes na sociedade brasileira oitocentista. Nosso foco é a divulgação dessas ideias tomando como ponto de partida a análise da imprensa protestante da segunda metade do século XIX e o diálogo que esta imprensa manteve com jornais católicos e obras de políticos liberais brasileiros. Determinados temas serão privilegiados, pois renderam intensos debates a nível político e religioso, por exemplo: a criação do primeiro jornal evangélico brasileiro, Imprensa Evangélica, em 1864; os debates em torno da liberdade religiosa; a questão da cidadania dos não-católicos; e a Questão Religiosa, em 1873. Dentre os principais temas analisados estão o discurso religioso e o discurso político dos presbiterianos, dos ultramontanos e dos liberais. Como referencial teórico, esta pesquisa partiu das reflexões de Pierre Bourdieu a respeito do campo religioso e sua relação com o campo político. A metodologia de pesquisa utilizada está baseada nas ideias do contextualismo linguístico esboçadas por Quentin Skinner e John Pocock. Com essa pesquisa, concluímos que os missionários presbiterianos utilizaram a imprensa como principal meio para não só divulgarem a mensagem evangélica no campo religioso brasileiro, mas também para mobilizarem as forças liberais a favor da ampliação e garantia dos direitos civis dos não-católicos, baseados principalmente na ideia do progresso. No entanto, ao terem empreendido essa luta no campo religioso e político, os presbiterianos não abriram mão de suas ideias religiosas, demonstrando o limite da relação que mantinham com as ideias liberais. Dessa forma, também fica comprovado que em meio ao confronto discursivo travado contra o ultramontanismo, havia pontos em que os dois grupos religiosos concordavam.