Utilização dos fungos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana no controle do mosquito Aedes aegypti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bitencourt, Ricardo de Oliveira Barbosa lattes
Orientador(a): Angelo, Isabele da Costa lattes
Banca de defesa: Angelo, Isabele da Costa lattes, Gôlo, Patrícia Silva lattes, Castro, Daniele Pereira de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11820
Resumo: Aedes aegypti é o vetor de vírus que causam as doenças zika, dengue, febre amarela urbana e chikungunya. É um mosquito cosmopolita com uma plasticidade adaptativa bem pronunciada que torna difícil o seu controle. Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana são fungos entomopatogênicos encontrados no meio ambiente parasitando artrópodes e por isso são amplamente usados para controles de pragas agrícolas. Pesquisas utilizando fungos buscam identificar isolados mais virulentos, seletivos, e desenvolver tecnologias que proporcionem eficácia e resistência aos efeitos do meio ambiente. O presente estudo avaliou e comparou a virulência de conídios e blastosporos de diferentes isolados de M. anisopliae e B. bassiana suspensos em água e formulados em óleo mineral sobre larvas de A. aegypti. Os isolados CG 153, IBCB 481, ARSEF 2211 de M. anisopliae, CG 206 e CG 479 de B. bassiana foram cultivados em meio BDA (Batata dextrose ágar) para produção de conídios e em meio de Adamek modificado para produção de blastosporos. Larvas (L1/L2) foram imersas em 10 mL de suspensões de água desclorada estéril + Tween 80 0,01% ou formulação oleosa contendo 108 /107 conídios mL-1 e 108 / 107 blastosporos mL-1 mantidos a 27°C e UR>80%. Foi analisada a taxa de sobrevivência das larvas diariamente por 7 dias. Além disso, a capacidade de produção de blastosporos entre os isolados foi avaliada em diferentes condições de tempo e agitação. O estudo estatístico utilizado foi o teste Kaplan-Meier que analisou e comparou as taxas de sobrevivência com relação ao tempo de tratamento; dados paramétricos foram avaliados pela análise de variância (ANOVA) seguido do teste de Tukey. O cálculo do tempo letal (TL50) foi realizado utilizando o programa Log-rank teste. O nível de significância foi de 95% (P≤0,05). Foram observados, as maiores produções de blastosporos, nos isolados ARSEF2211, CG479 e CG206 quando mantidos a rotação de 220rpm/72h, e baixa produção nos isolados CG153 e IBCB481. Nos ensaios biológicos, blastosporos e conídios apresentaram a mesma eficácia, sendo os melhores resultados observados nos tratamentos com 107 conídios/blastosporos mL-1 isolado CG153, IBCB481; as formulações apresentaram melhores resultados que as suspensões, com percentuais de sobrevivência das larvas que variaram entre 8,56 a 27,44%. Os melhores tempos letais (TL50) foram obtidos nas formulações de blastosporos CG479 107 e ARSEF2211 108 , ambos com 1 dia. Portanto, conclui-se que blastosporos e conídios se mostraram boas opções de controle de larvas de A. aegypti e as formulações a base de óleo mineral se mostraram bons adjuvantes nesse controle.