Compatibilidade de Beauveria sp. e Metarhizium sp. com óleo essencial da espécie vegetal Schinus molle L. e eficácia no controle de larvas de Aedes aegypti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Faria, Fernanda Sousa lattes
Orientador(a): Angelo, Isabele da Costa
Banca de defesa: Angelo, Isabele da Costa, Chaves, Douglas Siqueira de Almeida, Bezerra, Simone Quinelato
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11806
Resumo: O presente estudo avaliou a compatibilidade entre os isolados CG 206 de Beauveria sp. e CG 153 de Metarhizium sp. associados ao óleo essencial de Schinus molle L. (aroeira-salsa) e sua eficácia no controle de larvas de A. aegypti. Para compatibilidade entre fungos e óleo, foram avaliadas as unidades formadoras de colônia (UFC) e avaliação de diâmetro de colônia. Cinquenta microlitros de suspensões com e sem óleo (nas concentrações de 75 e 25ppm) a 1,1×103 e 1,3×103 conídios mL-1 respectivamente foram espalhados em cinco placas contendo BDEL+ cloranfenicol (0,5%) e incubado (25o±1°C e UR≥80%). Após sete dias o número de colônias foi quantificado. Para avaliação de diâmetro de colônia, dez microlitros das suspensões sem e com óleo a 25ppm foram inoculados no centro de placas de Petri contendo BDEL+cloranfenicol (0,5%) e incubados (25o±1°C e UR≥80%). Os pontos de inóculo, foram mensurados durante 7 dias. No teste de avaliação de eficácia de S. molle as larvas (L2) foram expostas a 22,5 mL do OE nas concentrações 25, 50, 75 e 100ppm e o grupo controle foi imerso em em água desclorada estéril + tween 80, onde observou-se a taxa de sobrevivência durante sete dias. No ensaio biológico com fungo e OE, conídios de Beauveria sp. CG 206 ou Metarhizium sp. CG 153, cultivados em BDA, foram suspensos em água desclorada estéril + tween 80 (0,01%) na concentração de 1x107 conídios mL-1. Para preparação das suspensões fúngicas acrescidas de óleo, cada 10 mL de suspensão fúngica recebeu 0,0025% do OE. Grupos contendo 15 larvas (N=45) L2 foram imersas em 22,5mL das suspensões. O grupo controle foi imerso em água desclorada estéril+tween 80. A taxa de sobrevivência das larvas foi avaliada diariamente por sete dias. Os testes de UFC e diâmetro de colônia foram submetidos ao teste de Mann-Whitney. Os ensaios biológicos foram submetidos análise não paramétrica (Kruskal-Wallis), seguido do teste SNK (Student-Newman-Keuls). A curva de sobrevivência e o cálculo da média de sobrevivência (S50) foi realizada utilizando Kaplan-Meier. O nível de significância foi de 5% (P≤0,05). Nos testes da UFC observou-se que o OE a 75 ppm e 25 ppm diminuíram o número de colônias formadas; a queda nos percentuais de UFC foram de 72,33% (CG 153+75ppm), 43,92% (CG 206+75ppm), 67,96% (CG 153+25ppm) e 27,55% (CG 206+25ppm). Na avaliação do crescimento de colônia não houve diferença entre suspensões com e sem óleo de ambos os isolados. No teste de eficácia do OE de S. molle, o óleo foi eficaz nas concentrações de 50, 75 e 100 ppm e, a 25ppm foi escolhido para compor as suspensões, pelo alto percentual de sobrevivência dar larvas (88,26%). Nos ensaios biológicos, as suspensões apresentaram eficácia, sendo os melhores resultados observados nos tratamentos com o isolado CG 153 de Metarhizium sp. 107 conídios mL-1 associado ou não ao óleo, onde obteve-se o S50 das larvas de 1 dia. Conclui-se que ambos fungos e o óleo essencial são compatíveis e, apesar de não haver ação adjuvante, são boas opções para controle de larvas de A. aegypti.