Avaliação da atividade antibacteriana de Isatina, outros derivados, extratos de espécies vegetais em linhagens de Campylobacter spp

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barroso, Claudia Bastos lattes
Orientador(a): Lima, Aurea Echevarria Aznar Neves lattes
Banca de defesa: Lima, Aurea Echevarria Aznar Neves lattes, Seki, Liliane Miyuki lattes, Maciel, Maria Aparecida M lattes, Duque, Sheila da Silva lattes, Morais, Lilia Aparecida Salgado de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18214
Resumo: Campylobacter é um importante patógeno zoonótico, distribuído mundialmente, e causador de gastroenterites em humanos transmitido por alimentos (Campilobacteriose). Nesse sentido, as pesquisas com Campylobacter sp. em carnes de frango assumem relevância no Brasil, devido a sua atuação como o maior exportador mundial. Isto é agravado, quando a antibioticoterapia se faz necessária e o Campylobacter já tem desenvolvido vários mecanismos de resistência antimicrobiana. Na lista da OMS, o Campylobacter é um dos patógenos de alta prioridade para o desenvolvimento de novas alternativas aos antimicrobianos já existentes. Assim, as plantas medicinais são alternativas relevantes para o uso em alimentos ou como controle de agentes patogênicos, devido a sua alta potência e efeitos colaterais reduzidos. Com este objetivo foram estudadas 39 amostras, dentre elas extratos vegetais brutos e frações, isatina comercial, óleos fixos, produtos naturais isolados e derivados sintéticos como possíveis agentes antibacterianos frente a linhagens de Campylobacter spp. A metodologia usada para a triagem das amostras foi o teste de disco-difusão. As amostras foram submetidas as cepas de Staphylococcus aureus ATCC 25923, Escherichia coli ATCC 25922, utilizadas como padrão do teste disco-difusão, e Campylobacter jejuni ATCC 33560. Os resultados mostraram que das 39 amostras avaliadas, apenas a isatina, mostrou atividade antibacteriana frente a cepa de C. jejuni ATCC. A partir do resultado satisfatório obtido com a isatina foi determinada a Concentração Mínima Inibitória (MIC) pela técnica de microdiluição em microplaca em 30 linhagens de Campylobacter spp. selecionadas na coleção de CCAMP, incluindo a cepa padrão Campylobacter jejuni ATCC 33560. Dentre as linhagens de Campylobacter analisadas, verificou-se que o MIC=8 μg/mL foi encontrado em 76% (23) das cepas testadas, o MIC=16 μg/mL foi encontrado em 17% (5) das cepas, e 7% (2) apresentaram MIC<1 μg/mL. Já as Concentrações Bactericidas Mínimas (MBC) mostraram que 73% (22) das cepas apresentaram MBC= 16 μg/mL, 20% (6) com MBC=8,0 μg/mL e 7% (2) com MBC <1,0 μg/mL. O teste de citotoxicidade para determinar o valor de IC50 em células normais da linhagem MRC-5 apresentou-se satisfatório até a concentração de 128 μg/mL. Este estudo demonstra o potencial da atividade da isatina em relação as espécies de Campylobacter, onde concentrações muito baixas desta substância foram capazes de agir frente as bactérias deste gênero. Vários autores estudam a relação de extratos, óleos essenciais e derivados isolados de plantas frente a diversas bactérias patogênicas, mas em relação ao Campylobacter, esse estudo é inexistente. Os resultados encontrados apontam para a necessidade de aprofundar as pesquisas não só com a isatina mas, também, procurar opções de novas substâncias com potencial atividade para o controle de infecções bacterianas, além de redução dos efeitos colaterais apresentados pelos antibióticos de uso clínico.