Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Nathalia Soares
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Orientador(a): |
Riger, Cristiano Jorge
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Banca de defesa: |
Oliveira, Daniela Barros de
,
Salles, Cristiane Martins Cardoso de
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Riger, Cristiano Jorge
,
Gomes, Daniela Cosentino
,
Nunes, Raquel Soares Casaes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Química
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Departamento: |
Instituto de Química
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18973
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Resumo: |
Plantas alimentícias não convencionais (PANC) é o termo dado ao grupo de plantas que possui uma ou mais partes comestíveis, sendo nativas ou cultivadas e que não estão incluídas na alimentação cotidiana da população. Um exemplo é a Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott (taioba), para a qual estudos apontam uma série de potenciais atividades atribuídas à esta planta, como propriedades anti-inflamatórias, antidiabéticas e antioxidantes. A caracterização química da X. sagittifolium (L.) descreve a presença de flavonoides, compostos encontrados em plantas que desempenham funções essenciais em processos biológicos, incluindo o metabolismo redox, devido às suas propriedades antioxidantes. Quando introduzida na alimentação, pode auxiliar o organismo a manter a homeostase redox celular, contribuindo para evitar o quadro de estresse oxidativo, responsável por causar uma série de danos em estruturas celulares. No entanto, é importante inteirar- se mais profundamente sobre os compostos existentes nesta planta e analisar de forma mais detalhada a influência da sua atividade antioxidante utilizando um modelo biológico que leve em conta condições fisiológicas e interações metabólicas. Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo a avaliação da toxicidade e o potencial antioxidante do extrato aquoso de X. sagittifolium em um modelo eucariótico utilizando células de Saccharomyces cerevisiae. Para isso, foram feitos ensaios de viabilidade celular, funcionalidade mitocondrial, peroxidação lipídica e níveis de oxidação intracelular. Duas cepas de S. cerevisiae foram usadas neste estudo, uma controle e uma deletada no gene YAP1, um fator de transcrição relacionado à defesas antioxidantes na levedura. O perfil químico do extrato aquoso de X. sagittifolium foi verificado por HPLC-DAD. É relevante destacar que, ao analisar diferentes concentrações do extrato em ambas as cepas utilizadas neste estudo, não foram observados citotoxicidade. Essa constatação, ao ser ampliada para uma investigação mais específica da funcionalidade mitocondrial, revelou que o extrato, não demonstrou ser tóxico. A análise do efeito do extrato na viabilidade celular antioxidante revelou que o pré- tratamento com o extrato na concentração de 0,6 mg L -1 é capaz de proporcionar proteção para ambas as cepas frente ao agente estressor utilizado (H2O2) na concentração de 1,0 mM. Nos ensaios antioxidantes, para a cepa controle o extrato de X. sagittifolium foi capaz de promover proteção antioxidante para as células. No entanto, o mesmo não foi observado na cepa mutante, onde apenas nos ensaios de viabilidade antioxidante o extrato de X. sagittifolium foi capaz de mostrar proteção às células, enquanto nos demais ensaios antioxidantes a cepa revelou um maior grau de sensibilidade frente ao estresse oxidativo. O perfil químico do extrato indica a presença de flavonoides, correspondendo a 15 dos 17 picos obtidos pelo cromatograma. Neste estudo, foi indicado que o extrato demonstrou não ser tóxico nas concentrações testadas e exibiu propriedades antioxidantes. Essas propriedades antioxidantes podem ser atribuídas à presença de flavonoides no extrato, sugerindo que a taioba tem o potencial de ser uma fonte promissora de compostos com ação antioxidante. |