Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Espécie, Mariana de Assis
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Orientador(a): |
Simão, Sheila Marino
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Banca de defesa: |
Esbérard, Carlos Eduardo Lustosa,
Lodi, Liliane Ferreira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10865
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo estimar o tamanho da população de boto-cinza (Sotalia guianensis) que habita a parte oeste da Baía da Ilha Grande, determinando também a sobrevivência relativa da espécie ao local. Entre Maio de 2007 e Março de 2010 foram conduzidas 33 saídas de barco na área de estudo para obter fotografias das nadadeiras dorsais dos botos, que foram utilizadas para criar um catálogo de foto-identificação para a espécie na região. Dois modelos de marcação-recaptura para populações abertas foram utilizados no programa MARK: o de Jolly-Seber e uma adaptação do modelo de Cormack-Jolly-Seber que admite a ocorrência de indivíduos transientes na população (TSM). Ao total, foram tiradas 22.065 fotografias da nadadeira dorsal dos golfinhos, de onde foi possível criar um catálogo contendo 536 indivíduos. A proporção de indivíduos transientes na população foi alta (0,44) e influenciou negativamente as estimativas do tamanho populacional. Os resultados gerados pelo modelo Jolly-Seber indicam que o tamanho da população está estimado em 1.311 indivíduos (IC 95% 1.232 - 1.389 indivíduos), podendo ser ainda maior. Outro fator biológico que influenciou os resultados encontrados foi a emigração temporária exibida por alguns indivíduos residentes. O número de indivíduos na população em cada estação do ano variou bastante (entre 560 e 1.306 animais). Testes de goodness-of-fit revelaram que indivíduos residentes estiveram mais propensos à captura fotográfica que os transientes (Z = -3,7656; p = 0,0002; gl = 5). É provável que os indivíduos residentes sejam, em sua maioria, fêmeas que utilizam a área para alimentação e cria dos filhotes. As análises geradas pelos modelos TSM evidenciaram que a sobrevivência relativa de golfinhos transientes (0,95) e residentes (0,98) foi constante no decorrer do estudo. Porém, a probabilidade de encontrar indivíduos residentes na população variou com o tempo (entre 0,03 e 0,54), enquanto que a de encontrar indivíduos transientes foi constante (0,58). As baixas probabilidades de captura registradas indicam que há o deslocamento de indivíduos residentes para localidades adjacentes (como a Baía de Sepetiba), provavelmente em busca de maior oferta de recursos alimentares quando os mesmo estão escassos na parte oeste da Baía da Ilha Grande. A probabilidade de captura constante dos indivíduos transientes indica que a área recebeu um influxo constante de indivíduos. Considerando os resultados obtidos por este estudo e os já publicados para a Baía de Sepetiba, pode-se dizer que o litoral sul do Estado do Rio de Janeiro possui as maiores populações da espécie ao longo de toda sua distribuição geográfica. |