Currículo Ciberqueer: autorias LGBTQIA+ na cibercultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Coradini, Fábio dos Santos lattes
Orientador(a): Santos, Edméa Oliveira dos lattes
Banca de defesa: Santos, Edméa Oliveira dos, Silva Junior, Jonas Alves da, Reis, Leonardo Rangel dos, Guedes, Maristela Gomes de Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13135
Resumo: No contexto da cena sociotécnica, importantes fenômenos na relação entre seres humanos, mediados pelo digital em rede, emergem na cibercultura. A cibercultura tem sido cada vez mais discutida como a cultura contemporânea do nosso tempo, caracterizada pela mobilidade ubíqua em conectividade com o ciberespaço e o território físico. Trata-se então de um campo epistemológico que estuda a formação do conhecimento no ciberespaço, que podemos compreender como sendo a internet habitada por seres humanos, que produzem, se autorizam e constituem comunidades e redes sociais. Cabe destacar que qualquer fenômeno a ser investigado demanda um olhar implicado, multirreferencial e uma escuta sensível, buscando compreender as potencialidades destes acontecimentos no on-line. Mediante essas contextualizações, a investigação apresentada nesta pesquisa está baseada no fenômeno ciberqueer proveniente das ocupações digitais realizadas por travestis e mulheres transexuais no Instagram desde a pandemia da Covid-19. Entendemos por ocupação on-line, os espaços de interlocução dos corpos e vozes em sua diversidade. Portanto, estas ocupações foram etnógrafadas a partir dos conceitos de criação de autorias em rede e artefatos culturais, construídos durante a vivência das praticantes no digital, seus processos de formação e sua relação com o território. A pesquisa-formação utilizada como metodologia frente a este fenômeno, possui como característica principal não separar a pesquisa da sala de aula e da docência, e por este motivo, nosso foco nesta dissertação foi compreender como as pessoas trans/travestis formam e se formam no on-line e constroem dispositivos de formação, cujas autorias foram capazes de articular saberes que nos possibilitou pensar nas questões curriculares que orientam a presença das corporeidades queer nos espaços educacionais. A partir desta etnografia on-line, o dispositivo de pesquisa-formação “Oficinas Pedagógicas Pós-Críticas”, se estabeleceu durante a realização do meu Estágio Docente, inicialmente no formato on-line e posteriormente presencial, no contexto da disciplina “Teorias e Políticas Curricular”, do curso de Licenciatura em Pedagogia, turno noite, 6º semestre, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), campus Seropédica. Portanto, a partir deste cenário formativo, constitui o corpus de análise desta pesquisa: os saberes mobilizados na etnografia on-line das praticantes no Instagram, o desenvolvimento das atividades em sala de aula a partir das teorias do currículo, a construção dos temas disparadores das Oficinas Pedagógicas, os registros das aulas e das observações acerca do dispositivo de pesquisa-formação, a escrita e leitura do diário de pesquisa. Por fim, todo este constructo de pesquisa tem como propósito estabelecer indicadores para a prática de um currículo para a diversidade.