A Afroetnomatemática na educação básica: uma proposta de abordar a cultura africana por meio da utilização de jogos na educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Correia, Celso Pinheiro lattes
Orientador(a): Vianna, Márcio de Albuquerque
Banca de defesa: Vianna, Márcio de Albuquerque, Pereira, Amauri Mendes, Costa, Cláudio Fernandes da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14982
Resumo: O presente trabalho vem propor e analisar a utilização dos jogos africanos Mancala (Oware, de Gana) e Shisima, do Quênia, para um trabalho diferenciado da Matemática no Ensino Fundamental. Tal proposta visa focar o 6° ano, mostrando que, através do jogo e por meio de sequências didáticas a serem propostas como produto educativo, podem-se obter resultados satisfatórios no desenvolvimento do pensamento matemático dedutivo do discente e, assim, contribuir na resolução de problemas propostos. Atendendo à lei 10.639/03, que determina a inclusão e a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" nos currículos oficiais das redes de ensino no Brasil, a presente pesquisa aborda tal proposta, estabelecendo diálogos entre contextos étnico-raciais e os demais conteúdos trabalhados na escola, com base na Abordagem Etnomatemática e, além disso, criando possibilidades para uma referenciação positiva do povo e da cultura do Continente Africano, ressignificando o imaginário simplista, folclórico e preconceituoso sobre as origens africanas e sua influência na formação da identidade brasileira. A utilização dos jogos africanos mostrou que é possível desmistificar o fato de a Matemática somente poder ser ensinada através de uma abordagem pedagógica conservadora e tradicional – oriunda do modelo eurocêntrico hegemônico – bem como revela que o processo de ensino-aprendizagem pode ser mais significativo, no que tange ao resgate e à preservação das identidades do povo brasileiro e suas origens, levando os discentes do Ensino Fundamental a interagirem com diferentes formas de matematizar, além daquelas vertentes ocidentais que são utilizadas nos currículos convencionais atuais.