Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Silva, Márcio de Araújo
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Orientador(a): |
Araújo, Francisco Gerson
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9192
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Resumo: |
Variações morfo-meristicas da manjuba Lycengraulis grossidens (Agassiz, 1829) em 14 localidades da costa brasileira (Pará ao Rio Grande do Sul) foram descritas com o objetivo de quantificar a heterogeneidade intra-específica, visando testar a hipótese de que a adaptabilidade em áreas diferentes resulta em padrões diferenciados que caracterizem diferentes populações. Foram examinados 210 indivíduos oriundos de coleções depositadas em Museus e complementadas com doações, dos quais foram tomados 18 caracteres morfométricos e 5 merísticos. Três grupos (populações) foram formados com base nos caracteres morfométricos e um grupo adicional (4 grupos) por caracteres merísticos, indicando a presença de 4 populações ao longo da costa brasileira. A população I, do litoral do Pará, habita uma área sob grande influência do rio Amazonas, com águas de baixa salinidade e alta temperatura. A população II, que se estende do Ceará ao Espírito Santo, é a de distribuição mais ampla, apresentando em geral caracteres morfológicos semelhantes aos da população I, o que poderia indicar a existência de fluxo gênico entre as mesmas. A população III compreende os peixes distribuídos entre Rio de Janeiro e São Paulo, e apresenta uma zona de transição com a população II bastante evidenciada no norte do Rio de Janeiro, aparentando ser esta última uma área de hibridização. A população IV, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, apresenta como características mais marcantes o número e o comprimento dos rastros branquiais, sendo o grupo morfologicamente mais diferenciado. Peixes de baixas latitudes apresentaram maior altura do corpo, comprimento da cabeça, comprimento da face, comprimento da maxila, comprimento da boca e altura do pedúnculo caudal, comparados aos peixes de altas latitudes. Adicionalmente, os espécimes da população IV apresentaram nadadeira anal e dorsal localizadas em posição mais posterior do corpo, enquanto a base da nadadeira anal foi maior em espécimes do Rio de Janeiro e São Paulo, indicando que peixes da população IV possuem maior capacidade de se deslocar em velocidade quando comparados com peixes do Rio de Janeiro e São Paulo. Em relação aos caracteres merísticos verificou-se um aumento do número de rastros branquiais das menores para as maiores latitudes, coincidindo com a expectativa de que a adição de somitos ocorre mais rapidamente sob condições de aceleração do que sob condições retardantes, mas termina mais abruptamente, resultando em menor número de elementos merísticos em temperaturas mais altas. Vários padrões zoogeográficos têm sido sugeridos para a costa brasileira, com a Província Antilhana situada ao norte de Cabo Frio (23oS), uma área de transição entre Cabo Frio (23oS) e o os arredores Cabo de Santa Marta Grande (28°-30°S), e a Província Argentina até 35°S, com esta divisão da costa de certo modo, coincidindo com as distribuições das populações de L.grossidens encontradas no presente trabalho, com exceção da área costeira do Pará, onde reconhecemos um grupo diferenciado. |