Diferenciação populacional em Drosophila sturtevanti (subgrupo sturtevanti, grupo saltans) avaliada por morfometria geométrica da asa e do edeago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Segala, Luís Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181627
Resumo: A morfometria da asa e do edeago tem sido amplamente utilizada para estudar a evolução das espécies do gênero Drosophila pois são caracteres altamente sensíveis a variação genética e ambiental. No presente trabalho utilizamos esta técnica em um estudo populacional de Drosophila sturtevanti com ênfase em moscas procedentes de áreas de Mata Atlântica do Brasil e da Floresta Tropical Úmida da Costa Rica. Para isto utilizamos as asas e edeagos de machos destas populações e analisamos o nível de diferenciação quanto a estes marcadores discutindo sua associação com sua localização geográfica, a fitofisionomia do fragmento de mata, a umidade relativa média anual, a temperatura média anual e a área do fragmento de mata. Os resultados indicaram a existência de uma estruturação latitudinal tanto para o tamanho e a forma da asa como para a forma do edeago, além de correlação entre estas características e algumas variáveis ambientais. A diferenciação quanto à forma do edeago, entretanto, foi menos significativa que a diferenciação da forma e do tamanho da asa. A relação entre forma e tamanho das asas obtida foi divergente dos resultados encontrados para outras espécies de Drosophila, apresentando asas maiores e mais arredondadas nas populações da faixa latitudinal Sul 1 (PIR, AGU e RDI) e asas menores mais alongadas em uma população da faixa latitudinal Nordeste (CUR). As populações da Costa Rica (TIR e LSA) e as populações do Sul mostraram divergência significativa para os marcadores avaliados, entretanto, as populações da faixa latitudinal Sudeste (MAT, NGR, SDC, PIC e VIT) não apresentaram estruturas congruentes e foram melhor agrupadas por fitofisionomias. Os resultados apresentados refletem a diferenciação genética em curso nas populações de D. sturtevanti, sendo acentuada para as procedentes da América Central e as do Sul do Brasil, indicando a ocorrência de diferenciação populacional quanto aos marcadores estudados e que podem ser um reflexo da existência de novas espécies deste subgrupo, que já tinha sido sinalizado em estudos anteriores e também em estudos recentes do nosso laboratório com marcadores moleculares para estas mesmas populações.