Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Pedreira, Márcia da Silva
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Orientador(a): |
Leite, Sergio Pereira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9543
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Resumo: |
O objetivo da tese é examinar e interpretar o processo de inserção competitiva e de transformação socioeconômica da região do Extremo Sul baiano, capitaneado pela expansão do complexo florestal-celulósico, correlacionando-os à dinâmica do desenvolvimento regional. Para tanto, foram estabelecidos os aportes teóricos que permitem a compreensão dos fatores que condicionaram a integração da região, da natureza das mudanças ocorridas e de sua relação com o padrão de desenvolvimento regional. Em consonância com as referências teóricas e analíticas trabalhadas, a investigação revelou que a integração do Extremo Sul baiano, a partir da exploração competitiva de seus atributos territoriais para produção de madeira (eucalipto) e celulose, constitui um exemplo revelador de movimento de expansão da produção global condicionado aos padrões e às estratégias da concorrência setorial e empresarial. Evidenciou-se, também, que, além das vantagens competitivas locacionais, a ação do Estado ancorada em abordagens que associam o desenvolvimento ao progresso, à polarização espacial das atividades econômicas e à integração competitiva ao mercado exerceu um importante papel na redefinição do padrão de desenvolvimento e na inserção regional. A análise empírica, com base na coleta e na sistematização de dados e informações quantitativas e qualitativas, demonstrou que a implantação e a expansão das atividades florestais e de produção de celulose e papel, ao tempo em que internalizaram fixos e fluxos do circuito da produção global, provocaram um conjunto de transformações na estrutura produtiva e social regional, expressos, entre outros aspectos: i) pela intensificação da concentração fundiária e incremento da exploração empresarial; ii) pela desestruturação das relações econômicos e sociais, tradicionalmente, vigentes; iii) pela expansão de atividades, ocupações e modos de vida, predominantemente, urbanos. Entretanto, a dinamização da economia, em particular a urbana, vista como sinônimo de desenvolvimento e modernização, tem se mostrado pouco profícua para a sociedade local. Tais evidências, além de revelar limitações no transbordamento dos benefícios da competitividade econômica global para a sociedade local, trazem à luz a necessidade de construção de arranjos institucionais e de relações de sinergias entre a sociedade local e as esferas públicas e privadas, enquanto recursos fundamentais para o desenvolvimento econômico e social. Assim, em conformidade com a perspectiva institucionalista, não basta ser competitivo: é preciso criar um ambiente institucional, que proporcione formas de coordenação entre os atores, capazes de acionar o conjunto das capacidades locais em prol do desenvolvimento da sociedade em foco. |