Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Tatiana Macedo da
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Orientador(a): |
Pereira, Raquel Alvitos
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Banca de defesa: |
Oliveira, Otair Fernandes de
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Pereira, Raquel Alvitos
,
Oliveira, Sérgio Domingos de
,
Viana, Uhelinton Fonseca
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20311
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Resumo: |
A presente pesquisa volta-se para o estudo da tradição do saber fazer das Tapeceiras do Espraiado, do município de Maricá, que fica no Estado do Rio de Janeiro, que envolve a produção de tapeçarias bordadas à mão, a partir de uma técnica original, que é o ponto brasileiro. Trata-se de tradição que remonta à vida e trajetória de Madeleine Colaço, que na década de 1950, foi morar no Espraiado, e lá difundiu essa técnica de bordar que se tornou elemento cultural relevante para a população local e referência brasileira, no que diz respeito ao campo da tapeçaria. Preserva-se a técnica ensinada por Madeleine Colaço, marcada por um ponto inspirado, segundo a própria artista-artesã, no ritmo e na cadência do samba, para a criação de tapeçarias. Hoje, as tapeçarias são realizadas pelo grupo das Tapeceiras do Espraiado e essa produção é exposta em um ateliê da localidade e em distintos eventos que se inscrevem tanto no calendário cultural da cidade como também em eventos externos ao próprio espaço da cidade. Descreve-se, para melhor percepção da importância da dimensão de salvaguarda do saber fazer das Tapeceiras do Espraiado, a tradição vinculada à memória de Madeleine Colaço, a difusão dessa tradição e sua apropriação pela comunidade local, ao longo de mais sete décadas, e, ainda, se defende que esse saber fazer institui-se como patrimônio cultural da cidade de Maricá. Para tanto, essa pesquisa dialoga com o campo da História Oral, e se assenta em um conjunto de entrevistas realizadas com os artesãos e as artesãs contemporâneas que preservam esse saber fazer e, ainda, com pessoas que conviveram com a artista-artesã e que se reconhecem nessa expressão que se associa ao campo não só do artesanato, mas também da arte. Este trabalho ancora-se, ainda, nos conceitos de identidade e memória, pois esse saber fazer marca a rotina dos artesãos e artesãs da cidade de Maricá, não só porque assegura sua sustentabilidade, mas especialmente porque cria vínculos de pertencimento, por meio dessa expressão, que se estende a um coletivo mais amplo de tapeceiras e admiradores das tapeçarias. |