Perspectivas para o cultivo orgânico da bertalha (Basella alba L.) no Cinturão Verde do Município de Belo Horizonte/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tobelem, José Abraham lattes
Orientador(a): Lopes, Higino Marcos
Banca de defesa: Fernandes, Maria do Carmo de Araújo, Moreira, Luiz Beja
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10512
Resumo: A agricultura familiar e urbana brasileira é caracterizada pelo cultivo em pequenas propriedades, sendo que a mão de obra é predominantemente realizada por membros da família. A bertalha (Basella alba L.) é uma hortaliça rica em Zinco, Manganês, Vitaminas C e B2, que vem sendo utilizada pela gastronomia moderna, comercializada de forma direta em feiras de produtos orgânicos, cestas encomendadas ou mesmo indireta, encontrada nas prateleiras de supermercados de Belo Horizonte/MG, vendendo-se somente folhas em bandejas ou ramos em molhos, demonstrando uma grande perspectiva de crescimento do seu consumo in natura, porém a sua produção ainda é inexpressiva para atender esta demanda. Com esta pesquisa, buscou-se caracterizar as unidades produtivas dos agricultores familiares e urbanos, sistematizando informações fitotécnicas para o cultivo orgânico da bertalha, avaliar amostras de sementes obtidas nessas unidades, demonstrando a viabilidade da expansão do plantio no Cinturão Verde de Belo Horizonte/MG. O estudo foi dividido em duas fases, que consistiram em: entrevistas nas unidades produtivas que cultivam a bertalha, por meio de questionário semiestruturado e análise das sementes doadas por estes agricultores. Visitou-se 14 propriedades, com área média de 4,25 ha, dispersas pelo cinturão verde de Belo Horizonte/MG. Observou-se o seu cultivo, com grande variação de espaçamentos, que são determinados pela forma de condução da cultura. Os agricultores visitados guardam suas sementes para plantios subsequentes ou mesmo adquirem em bancos comunitários e raras vezes lançam mão de plantios feitos com estacas da planta. Realizou-se, com as sementes obtidas de frutos despolpados e com polpa, os testes de: uniformidade (retenção em peneiras), peso de mil sementes, grau de umidade, vigor, porcentagem de germinação e comprimento de plântulas, além da análise de sementes tratadas com hipoclorito de sódio a 1%, em tempos diferentes de 1 e 5 minutos. As sementes obtidas de frutos despolpados apresentaram melhor desempenho em relação ao teste de germinação e comprimento de plântulas. Quanto ao peso de mil sementes obteve-se o resultado de 3,6 g e quanto ao teste do grau de umidade das sementes de frutos despolpados, resultou em 9,81%. A espécie mostrou-se como uma cultura promissora para os agricultores familiares e urbanos, principalmente no verão, período de entressafra das hortaliças folhosas, considerando-se as condições edafoclimáticas da região estudada.