Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alves, Luiziene Soares
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Orientador(a): |
Castro, Rosane Nora
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Souza, Sonia Regina de
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Banca de defesa: |
Santos, André Marques dos,
Araújo, Ednaldo da Silva,
Torres Júnior, Carlos Vergara,
Fernandes, Manlio Silvestre,
Riger, Cristiano Jorge |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Química
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Departamento: |
Instituto de Química
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10242
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Resumo: |
O girassol tem destaque na indústria alimentícia pela qualidade do seu óleo. Suas propriedades vêm despertando especial interesse nas pesquisas químicas devido aos seus metabólitos especiais com potencial biológico. Um fator limitante para essa cultura é a disponibilidade de boro, que atua em processos fisiológicos e morfológicos e, portanto, reflete em aspectos químicos e agronômicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade de grãos, o teor e a qualidade do óleo do girassol, bem como o potencial antioxidante e alelopático de extratos de tecidos de girassol cultivados sob fornecimento diferencial de boro. No experimento de campo, três genótipos de girassol (Helio251, BRS323 e BRS324) receberam diferentes doses de boro:0; 2,5; 5 e 8 kg.ha-1. A sensibilidade ao boro foi avaliada através do montante de grãos produzidos, teor e qualidade do óleo, e quantidade de boro presente nos grãos. O potencial biológico foi determinado no genótipo mais sensível ao boro (Helio251). Foram preparados extratos aquosos (0,1 e 0,5%) e etanólicos (0,025 e 0,050%) com tecidos de folhas e capítulos coletados no campo durante a fase R5. Posteriormente, ensaios in vitro e in vivo permitiram estimar a capacidade antioxidante. Adicionalmente, para os extratos aquosos (2,5; 5 e 10%) de folha e capítulo foi realizada a avaliação do potencial alelopático sobre a germinação de Digitaria insularis. Como resultado, no experimento de campo, os genótipos apresentaram respostas diferenciadas à adubação com boro. Este micronutriente influenciou a produtividade de grãos nos genótipos Helio251 e BRS323, e no teor de óleo em todos os genótipos. No entanto, a adição de boro não foi correlacionada ao perfil dos ácidos graxos insaturados majoritários e proteína no grão. Apesar disso, foi verificada a diferença genotípica na qualidade do óleo, tanto no parâmetro dos ácidos graxos quanto no teor de proteína bruta. A avaliação dos extratos hidroalcoólicos e aquosos de folhas e capítulo nos ensaios químicos confirmou a presença de substâncias fenólicas, a capacidade antioxidante (testes de ABTS e FRAP) e ausência de flavonoides. Através da análise por CLAE-DAD., foi confirmada a presença de substâncias antioxidantes clorogênicas em ambos os tipos de extrações. Nos ensaios in vivo, com o modelo biológico Saccharomyces cerevisiae, extratos aquosos e etanólicos de plantas cultivadas sob condições adequadas de B apresentaram atividade antioxidante. No entanto, o extrato de capítulo nas mesmas condições protegeu mais as leveduras dos danos oxidativos. Este trabalho permitiu a observação das múltiplas funções do B, e potencial biológico nos extratos de folhas e capítulos de girassol. O micronutriente pode influenciar a produção da cultura do girassol tanto de maneira negativa quanto positiva, a depender da dose aplicada e do genótipo escolhido. Em síntese, a quantidade de substâncias de caráter antioxidante é alterada de acordo com a dose de B fornecida. Além disso, o girassol possui metabólitos especiais com potencial alelopático e antioxidante com potencialidade para aplicação nas indústrias química e agrícola. |